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General manager da WeWork Brasil, Lucas Mendes, no escritório da Paulista. | Divulgação/CHIPA_5DII
General manager da WeWork Brasil, Lucas Mendes, no escritório da Paulista.| Foto: Divulgação/CHIPA_5DII

Quinta startup mais valiosa do mundo, com valor de mercado de US$ 20 bilhões, a rede de escritórios compartilhados WeWork vai abrir até o fim do ano seis coworkings no Brasil. A primeira unidade, na Paulista, em São Paulo, foi inaugurada neste mês e grandes empresas como Porto Seguro, Grupon e Kaszek já colocaram as suas equipes para trabalhar lá. É a primeira vez que uma grande rede de coworkings entra no país, que até então tinha o mercado restritos a negócios locais, de nichos e com poucas unidades.  

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A unidade da Paulista foi aberta na primeira semana de julho com lotação máxima: 850 pessoas. Por enquanto, os membros estão locados em dois andares do prédio de cinco pavimentos e 10,6 mil metros quadrados. Até o fim do ano, serão reformados e inaugurados os três andares restantes e o escritório poderá comportar até 2 mil pessoas. 

Escritório da PaulistaDivulgação/WeWork

A WeWork vai abrir mais três escritórios em São Paulo até o fim de 2017. Em agosto será inaugurado um coworking na Avenida Faria Lima, de seis andares, e que já está com taxa de ocupação de 90%. Em novembro, será a vez do escritório na Avenida Juscelino Kubistschek e, em dezembro, a unidade Berrini, na Avenida das Nações.

A rede vai também vai abrir dois coworkings ainda neste ano no Rio de Janeiro. Eles devem ser inaugurados até dezembro e ficarão na região central da capital carioca e no bairro Botafogo. Os prédios estão em fase de reforma.

Plano de expansão

A entrada no Brasil faz parte da estratégia de expansão da companhia pela América Latina. A WeWork surgiu em 2010 em Nova York, nos Estados Unidos. Desde a sua fundação, captou US$ 4,7 bilhões, sendo US$ 760 milhões na última semana, o que a tornou a quinta startup mais valiosa do mundo, com valor de mercado de US$ 20 bilhões.

A empresa possui mais de 140 escritórios em 15 diferentes países e conta com 120 mil membros. No ano passado, a rede iniciou o plano de expansão para a América Latina - a sua atuação estava restrita à Europa, América do Norte e Ásia  - e abriu sua primeira unidade no México. Neste ano, entrou também no Brasil e Argentina e deve expandir logo para a Colômbia. 

O general manager da WeWork Brasil, Lucas Mendes, afirma que o amadurecimento do mercado brasileiro de coworking e o potencial de clientes motivaram a empresa a investir no país. “No Brasil tem muita gente que quer trabalhar nesse formato, há também uma cultura empreendedora forte.”

Ele destaca, ainda, que as empresas com sede no país passaram a ver os escritórios de coworking como um possível espaço para alocar seus funcionários - seja aqueles que precisam inovar ou buscam mobilidade. No escritório da Paulista, a rede já atraiu grandes empresas como Porto Seguro e Grupon e há a perspectiva de companhias que já utilizam a WeWork fora do país, como Uber e Amazon, passarem a alocar seus funcionários nos coworkings da empresa no país. 

Os escritórios da WeWork são conhecidos por serem amplos e bem localizados. Normalmente, ficam próximos a estações de metrô e nas principais avenidas das cidades. E, a partir do momento que uma pessoa passa a ser membro, ela pode usar qualquer unidade espalhada pelo mundo. O preço para locar o espaço varia de R$ 680 a R$ 1.500 por pessoa e por mês no Brasil, dependendo do modelo de mesa escolhido (compartilhada ou privativa).

Cenário brasileiro

Segundo dados do Censo Coworking Brasil, realizado pelo Movebla e CoworkingBrasil.Org, o país tinha até o ano passado 378 escritórios compartilhados e vivia um período de “boom”. Somente em 2016, o número de escritórios cresceu 52%, localizados principalmente em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. As redes, porém, eram na grande maioria empresas locais com poucas unidades e, muitas vezes, com um público-alvo de nicho. 

O coordenador do Censo Coworking Brasil em 2016, Anderson Costa, acredita que a entrada da WeWork vai ajudar na maturação do mercado brasileiro e fazer com que mais empresas vejam os coworkings como uma ferramenta de conexão e inovação. “Estamos com uma carga bem alta de coworkings, mas há muito espaço para expansão porque as empresas estão percebendo que é muito difícil conseguir inovar dentro de escritórios comerciais.”

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