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Daniel Ek, CEO  da Spotify. Plataforma vai disponibilizar álbuns com duas semanas de antecedência para seus usuários pagos | Toru Yamanaka/
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Daniel Ek, CEO da Spotify. Plataforma vai disponibilizar álbuns com duas semanas de antecedência para seus usuários pagos| Foto: Toru Yamanaka/ AFP

Aplicativo líder mundial em streaming de música, o Spotify anunciou um acordo com a Universal Music Group (UMG) que permitirá novos benefícios aos usuários do serviço premium. Os artistas da Universal poderão lançar novos álbuns com antecedência de duas semanas para os clientes que usam a versão paga do aplicativo. Já as músicas individuais estarão disponíveis para todos os usuários.

O acordo foi anunciado na terça-feira (4) e engloba, também, algumas medidas para melhorar a remuneração dos artistas e para tornar o aplicativo rentável. Os detalhes do acordo, contudo, não foram revelados.

Desde a sua fundação 2008, o spotify nunca conseguiu gerar lucro líquido, pois a maior parte de seu faturamento acaba nas mãos de proprietários dos direitos, como artistas, produtores e gravadoras. Lucian Grainge, presidente do UMG, ressaltou a necessidade da indústria musical de fazer do Spotify uma empresa rentável.

“Atualmente, no campo da tecnologia, sabemos que o líder mundial tem uma força de choque. O Spotify, com sua posição em seu mercado, tem a capacidade de tratar com as gravadoras e os grandes operadores”, comentou Jean-Emmanuel Vernay, de Invest Securities, à AFP.

“Se seu modelo econômico se tornar rentável, terão ainda mais potência em relação à sua concorrência. Temos poucos dados da Apple Music, Deezer e Napster, mas sabemos que as perspectivas de rentabilidade estão no Spotify”, acrescentou.

O que os artistas ganham?

O outro ponto crucial é a parte que dos lucros que cabe aos artistas. Alguns deles, queixam-se de ganhas valores irrisórios graças às plataformas de música em streaming. Spotify e Universal demonstram ambiguidade em relação ao tema. “Os dois grupos aprofundarão sua associação para garantir que a música por streaming alcance seu potencial transformador para os artistas, as gravadoras e os seguidores”, escreveram, sem apresentar valores.

Os músicos poderão conhecer melhor o perfil de seu público. “O novo acordo oferecerá ao UMG um acesso sem precedentes aos dados, criando as bases para novas ferramentas para os artistas e gravadoras para estender, começar e construir vínculos mais profundos com seus seguidores”, ressaltaram a Spotify e a Universal.

Acordo visa o IPO

O Spotify, presente em 60 mercados, superou os 50 milhões de assinantes no início de março. A companhia está crescendo e consolidando sua posição como número um do mundo frente à concorrência, como as da Apple Music e do Deezer.

A empresa não se pronunciou sobre as negociações com outras duas gravadoras, Sony e Warner. Para Vernay, “certamente” serão fechados acordos com esses grupos.

Desse modo, a Spotify estará preparada para sua entrada na Bolsa, segundo Vernay. “Não surpreenderá se entrarem em maio ou junho. Não há razão alguma para que isso leve tempo agora”, avaliou.

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