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Bicicleta elétrica da Jump, adquirida pela Uber. | Reprodução/Facebook
Bicicleta elétrica da Jump, adquirida pela Uber.| Foto: Reprodução/Facebook

A Uber comprou nesta segunda-feira (9) a startup de compartilhamento de bicicleta elétricas Jump, adicionando o serviço às suas opções de transporte de passageiros. O anúncio foi feito através de um post do CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, no site de notícias da companhia, em que ele afirma que o aplicativo chegou a um acordo para adquirir a Jump , que opera nas cidades americanas de São Francisco e Washington D.C. Os termos do acordo não foram divulgados, mas, segundo informou o TechCrunch na semana passada, a venda poder superar US$ 100 milhões.

“Estamos comprometidos em reunir vários modos de transporte dentro do aplicativo da Uber, para que você possa escolher o caminho mais rápido ou mais acessível para chegar onde quer que seja, seja em um Uber, em uma bicicleta, no metrô, etc.”, escreveu Khosrowshahi.

O acordo acontece poucos meses depois que a Uber lançou um programa piloto para integrar os serviços da Jump ao aplicativo da Uber em São Francisco. O projeto piloto, que permite que usuários encontrem e reservem as bicicletas elétricas através do app da Uber, está “com um começo muito forte”, disse Khosrowshahi.

Plataforma multimodal

A decisão da Uber de adquirir a startup Jump sinaliza a disposição da empresa em continuar a expandir seu alcance e suas opções de transporte, indo além do seu serviço carro-chefe, o compartilhamento de carros. A Uber tem trabalhado para estabelecer parcerias com sistemas de transporte e já entrou no mercado de veículos autônomos, serviços de entrega de comida e, agora, compartilhamento de bicicletas.

Tanto a Uber quanto a Jump dizem que objetivo da aquisição é oferecer vários tipos de transporte dentro do aplicativo Uber, oferecendo aos usuários opções mais rápidas e acessíveis de transporte e tornando mais fácil a vida de quem não tem o seu carro próprio.

“Estamos empolgados em começar nosso próximo capítulo e em desempenhar um papel significativo na transição da Uber para ser uma plataforma multimodal”, disse o fundador e presidente-executivo da Jump Bikes, Ryan Rzepecki, em postagem em um blog na manhã desta segunda-feira. “Juntar-se à Uber nos oferece a oportunidade de realizar nossos sonhos mais rapidamente e em uma escala muito maior”. A marca Jump continuará como parte da família Uber, disse Rzepecki.

Sem estações

As bicicletas elétricas vermelhas disponíveis para locação na capital dos Estados Unidos e em São Francisco fazem parte de um mercado crescente de compartilhamento de bicicletas sem estações. O modelo que vem ganhando força nos Estados Unidos - e no qual atua a Jump - utiliza bicicletas que são rastreadas por GPS. Com isso, os usuários têm a liberdade de deixar a bike em qualquer lugar público que tenha um bicicletário. O passageiro interessado consegue localizar a bicicleta mais próxima através do aplicativo e depois pode desbloqueá-la e sair para seu passeio de qualquer local onde o último usuário a deixou.

Em Washington, a Jump é um dos cinco operadores de bicicletas sem estações, modelo conhecido como “dockless bikesharing”. A startup colocou cerca de 200 bicicletas na cidade e tornou-se um dos serviços mais populares dentro do seu segmento, com cada bicicleta tendo uma média de 3,5 viagens diárias e 17,7 quilômetros por dia, de acordo com uma porta-voz da empresa.

As bicicletas apresentam um motor elétrico na roda da frente e uma bateria escondida. A autonomia é de até 60 quilômetros. Ao contrário de outros sistemas sem estação de entrega, que podem ser deixados em qualquer lugar, as bicicletas Jump devem ser travadas em um bicicletário com uma trava U integrada que é mantida magneticamente na estrutura do objeto. A viagem custa US$ 2 a cada 30 minutos.

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