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Bradesco consegue liminar para manter agência aberta

A Justiça do Trabalho de Curitiba concedeu liminar ao Bradesco, nesta quinta-feira (24), para que clientes e funcionários que não aderiram à paralisação possam ter acesso às agências do banco. De acordo com o Sindicato dos Bancários de Curitiba, seis agências do Bradesco irão abrir na sexta-feira (25) e o sindicato recorrerá da sentença. A decisão foi da juíza Célia Regina Marcon Leindorf, da 15ª Vara do Trabalho. Caso a determinação judicial não seja cumprida, haverá multa diária de R$ 90 mil.

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Subiu para 138 o número de agências bancárias fechadas em Curitiba nesta quinta-feira (24), em razão da greve dos trabalhadores dos bancos públicos e privados, deflagrada na noite de quarta-feira (23). O dado é de um levantamento realizado até às 14 horas Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, que estima que a paralisação conta com a adesão de aproximadamente 50% dos 17 mil bancários da região da capital paranaense. No início do expediente, a entidade informou que 75 unidades estavam fechadas.

A maior parte das agências fechadas por conta da greve fica no Centro de Curitiba. O sindicato contabiliza ainda unidades paralisadas nos bairros Juvevê, Portão e Centro Cívico, 19 em São José dos Pinhais, 11 em Piraquara e Pinhais, duas em Almirante Tamandaré, além de dez centros administrativos fechados, dos bancos HSBC (Xaxim, Kennedy, Hauer e Palácio Avenida); Banco do Brasil (Tiradentes, Portão, CSO e Central de Atendimento em São José dos Pinhais); Caixa Econômica Federal (Sede e Sede 1); Bradesco (Pólo e Centro); e Itaú (PSA).

Segundo a entidade, os bancos mais afetados com fechamento de agências são Caixa, Banco do Brasil, Itaú, Unibanco e Banco Real. "Ao longo do dia, a previsão é que o movimento cresça e as agências dos bairros comecem a fechar também", diz o presidente do sindicato, Otávio Dias.

Além do sindicato de Curitiba e região, no Paraná, aprovaram a paralisação, a partir desta quinta-feira, as entidades representativas dos trabalhadores das regiões de Maringá, Londrina, Apucarana, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Paranavaí e Umuarama. As bases de Arapoti, Guarapuava e Toledo declararam estado de greve, o que significa que os sindicalizados seguem trabalhando nessas cidades, mas devem realizar novas assembleias nos próximos dias para avaliar a possibilidade de aderir à mobilização.

Reivindicações

As principais reivindicações da categoria são reajuste salarial de 10%, participação nos lucros e resultados (PLR) de R$ 3.850 e mais três vezes o valor do salário, auxílio refeição de R$ 19,25, cesta-alimentação, auxílio creche e uma garantia da manutenção dos empregos.

Na última proposta apresentada, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), entidade patronal, ofereceu 4,5% de reajuste, cesta-alimentação no valor de R$ 285,21, auxílio creche de R$ 205, e uma PLR dividida em duas parcelas. A primeira seria equivalente a um salário e meio na faixa de até R$ 10 mil, mais 4% do lucro líquido de 2009. A outra seria de 1,5% do lucro líquido, distribuído, igualmente, entre os empregados, até R$ 1.500. Não houve menção à garantia de empregos e não há previsão de novas reuniões de negociação.

A Fenaban, por meio da assessoria de imprensa, informa que considera a greve uma medida extrema, e que na situação em que a negociação se encontrava, não havia necessidade de tal alternativa por parte dos trabalhadores.

Não estão previstas manifestações e atos dos trabalhadores bancários em Curitiba e região nesta quinta-feira. Uma assembleia de avaliação da greve será realizada às 17 horas de sexta-feira (25) na capital paranaense.

Recomendações

O presidente do sindicato dos bancários de Curitiba e região afirma que embora a greve afete as atividades, a intenção dos grevistas não é prejudicar os clientes dos bancos. "O objetivo é pressionar os banqueiros, para que voltemos a negociar", diz Dias. A recomendação do sindicato para os clientes é utilizar serviços do autoatendimento ou alternativas como internet banking e correspondentes bancários. "De qualquer forma, sabemos que os bancos já dispõem de planos de contingenciamento, transferindo funcionários dos setores administrativos para não interromper todos os serviços", afirma.

A Fenaban não tem um levantamento oficial sobre o número de agências fechadas. A orientação da entidade é a mesma que a dos representantes dos trabalhadores: buscar alternativas para a realização de serviços bancários por meio de telefone, internet ou correspondentes bancários, como lotéricas. No caso de serviços que devem ser realizados especificamente em agências que estão com serviços paralisados, a situação deve ser resolvida pessoalmente, após o fim da greve, com a gerência do banco.

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