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Os contribuintes brasileiros têm até dia 30 para entregar sua declaração de Imposto de Renda (IR) nos mínimos detalhes e pagar a primeira quota do tributo. Mas, na reta final para acertar as contas, muitas dúvidas podem surgir e a pressa pode levar os desavisados à temida malha fina, que a cada ano fica mais eficiente. Confira os principais errosque colocam contribuintes frente a frente com o leão:

Tira-dúvidas no site

Nesta quarta-feira (22), às 19 horas, a Gazeta do Povo promove mais um bate-papo online para tirar as dúvidas dos leitores sobre a declaração do Imposto de Renda. Nesta edição, a última de 2015, mais uma vez os especialistas da EY Consultoria Empresarial (antiga Ernst & Young) darão dicas para evitar a malha fina. Já é possível participar. Acesse a área de comentários do chat aqui e deixe sua dúvida.

Além disso, no sábado (25), alunos e professores do curso de Ciências Contábeis da Uninter realizam um mutirão com atendimento gratuito, das 8 horas às 12h30, em frente ao campus Garcez, no calçadão da Rua XV de Novembro, em Curitiba.

Omissão de rendimentos

Deixar de declarar determinados rendimentos é um dos principais deslizes dos contribuintes. Seja pensão alimentícia, aluguel, resgate de previdência privada ou outras fontes pagadoras, é preciso ficar atento a todas as fontes para evitar omissão.

“Acontece muito com quem ficou pouco tempo em determinado emprego ou atuou como profissional autônomo. A pessoa considera o valor pequeno e não declara, mas o pagante sim, e o fisco detecta a divergência”, diz Antonio Teixeira, consultor de Imposto de Renda da IOB Sage. Segundo ele, também é importante prestar atenção ao resgatar a previdência privada, pois há opções com diferentes formas de tributação.

Dependentes

Segundo Francesco Ribeiro, gerente sênior de IR da EY (antiga Ernst & Young), outro equívoco comum ocorre na inclusão de dependentes, mas não de seus rendimentos, como salário ou aposentadoria.

É imprescindível que se informe a renda dos dependentes, caso possuam, mesmo que o valor fique abaixo do limite estabelecido pela Tabela Progressiva do IR. No caso de um filho que faz estágio, por exemplo, a empresa declara o valor pago, portanto, se não houver declaração por parte do recebedor, o resultado pode ser a malha fina.

PGBL e VGBL

A confusão entre PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres) e VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) também pode ter resultado desagradável. “Enquanto no VGBL o imposto de renda incide apenas sobre os rendimentos, no PGBL o imposto incide sobre o valor total a ser resgatado”, esclarece o especialista da IOB.

Checklist

Consultor de Imposto de Renda da IOB, Antonio Teixeira dá dicas para conferência da declaração antes da entrega:

  • Imprimir uma via da declaração e grampeie aos documentos que reuniu
  • Verificar se incluiu na declaração todas as fontes pagadoras
  • Verificar a declaração de rendimentos de dependentes. É imprescindível informar a renda deles, caso possuam
  • Ticar com uma caneta vermelha valores, nomes e números de documentos conforme a conferência
  • Guardar de maneira organizada os documentos, lembrando que podem ser pedidos não somente cinco anos depois do envio da declaração, mas por cinco anos depois de alguma retificação que venha a ser feita

Despesas médicas

Todas as despesas médicas declaradas precisam ter comprovação para posterior dedução. É preciso guardar os comprovantes e verificar a digitação dos dados, pois o sistema irá cruzá-los com as informações declaradas pela clínica, laboratório, plano ou convênio, incluindo possíveis reembolsos.

Financiamento

A declaração de financiamentos também gera dúvidas na hora de preencher a declaração e pode levar a alguns erros, de acordo com Francesco Ribeiro. É preciso informar o valor integral do bem adquirido na pasta de bens e direitos e informar o saldo devedor na data de 31 de dezembro na pasta de dividas e ônus reais.

Digitação

Parece banal, mas os erros de digitação estão entre os maiores responsáveis por levar à malha fina. Pode acontecer por falta de atenção na digitação de nomes, CPFs ou mesmo quando alguma nota está ilegível e erra-se o valor. “É preciso muita atenção e conferência posterior. No caso de CNPJ o próprio sistema alerta para o erro, mas em outros dados, não”, diz Teixeira.

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