Para protestar contra o alto custo da energia elétrica, os proprietários da Paneteria Palhano, em Londrina, publicaram nas redes sociais uma foto da última conta de luz do estabelecimento. O valor impressiona: mais de R$ 14 mil. Deste total, mais de R$ 4 mil são só de impostos e mais R$ 1,3 mil representam o adicional de bandeira vermelha, cobrada quando há restrições na geração hidrelétrica, o que impõe um valor adicional a cada quilowatt-hora (kWh) consumido.
A fatura de energia elétrica no Paraná subiu 51% nos cinco primeiros meses de 2015. Nos últimos dois anos, o valor da tarifa mais que dobrou, chegando aos 104% – sem contar a bandeira vermelha. Há seis meses em vigor, o sistema de bandeiras arrecadou até o meio do ano mais de R$ 5,4 bilhões e ajudou a aliviar o caixa das distribuidoras, mas não foi suficiente para cobrir o custo das empresas com a compra de energia térmica mais cara – um déficit que, de janeiro a abril, somava R$ 1,6 bilhão, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). As bandeiras devem continuar em vigor até 2017.
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