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A Garnero Group Acquisition Company (GGAC) anunciou nesta quinta-feira que adquiriu o Grupo Colombo, dono da camisaria e rede de lojas do setor de vestuário do mesmo nome, em uma transação avaliada em R$ 1,1 bilhão.

O negócio foi aprovado pelos conselhos de administração das duas empresas e, segundo comunicado, deverá ser concluído até o final do ano. A nova empresa resultante da transação será denominada Garnero Colombo e terá suas ações listadas na bolsa de valores americana Nasdaq.

De acordo com os termos do contrato de fusão, assinado pelas duas companhias, a GGAC vai deter 100% do capital do Grupo Colombo através da emissão de 6 milhões de suas ações, destinadas aos acionistas atuais da Colombo.

Depois de concluída a transação, os acionistas e os administradores da Colombo vão ficar com cerca de 25% da nova empresa. As empresas contrataram também um pool de bancos de investimento para captação de até US$ 100 milhões (ou R$ 345 milhões) por meio da colocação privada de novos papéis da GGAC no mercado.

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Rede

O Grupo Colombo, com sede em São Paulo, é umas maiores redes varejistas do Brasil (atualmente, são cerca de 400 lojas nas principais cidades do país) especializada em moda para homens. Com receita líquida de R$ 550 milhões no ano passado e fundada em 1917, a rede de lojas é dona do título de maior vendedora de camisas e ternos masculinos do Brasil.

Desde 2013 a Colombo vem diversificando seu portfólio com a inclusão de uma linha de roupas mais casual, e com reforço na sua operação de comércio eletrônico.

Trajetória tumultuada

Criada em fevereiro deste ano, a GGAC é uma empresa do Grupo Garnero, do empresário Mário Garnero, e tem como finalidade a realização de fusões, trocas de capitais, aquisições de ativos ou outras combinações comerciais. Garnero continuará como presidente do Conselho da Garnero e Álvaro Jabur Júnior, presidente da Colombo, será o principal executivo da nova empresa.

Mário Garnero se envolveu no processo que levou à falência o banco Brasilinvest, em 1985. Processado e banido do mercado financeiro sob a acusação de estelionato, formação de quadrilha e operação fraudulenta pelo desvio de US$ 95 milhões dos clientes de seu banco para contas fantasmas, o empresário viu seu nome ser transformado em sinônimo de crime de colarinho-branco.

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Ele foi condenado a cinco anos de prisão pela Justiça Federal de São Paulo, em 1988, mas não chegou a cumprir a pena. No ano seguinte, recorreu e, em 1999, teve seu processo arquivado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O empresário também foi presidente da Anfavea, associação que reúne as montadoras, no final da década de 1970, durante sua passagem pela Volkswagem, quando participou da assinatura do protocolo entre a entidade empresarial e o governo para produção dos primeiros carros a álcool do país.

Também foi um dos principais negociadores nas greves entre os metalúrgicos, liderados à época pelo então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Inácio Lula da Silva.

Em 2002, às vésperas das eleições que levaram Lula à Presidência da República, Garnero entregou a Dick Cheney, então vice-presidente dos Estados Unidos, uma carta escrita por José Dirceu, à época presidente do PT.

Na correpondência, Dirceu revelava que o Partido dos Trabalhadores pretendia abrir um canal de diálogo com os republicanos e pretendia, em breve, organizar uma visita de Lula aos EUA. Ele também foi responsável por tranquilizar os americanos de que o governo petista não promoveria rupturas políticas durante seu mandato.

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