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O engenheiro Mauro Kunzel, que já morou três anos na França, ficará dois anos no Japão: oportunidade de participar de um projeto global | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
O engenheiro Mauro Kunzel, que já morou três anos na França, ficará dois anos no Japão: oportunidade de participar de um projeto global| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Apenas 13%

dos expatriados são mulheres, segundo pesquisa da Mercer.

A expansão e internacionalização das empresas prometem elevar o número de transferências de profissionais para outros países em 2013. Apesar do desempenho tímido da economia global até agora, 70% das multinacionais pretendem realizar transferências internacionais de curto prazo e 55% planejam transferências de longo prazo neste ano, segundo levantamento global da consultoria Mercer.

De acordo com a consultora da Mercer Talita Donha, o movimento de internacionalização das empresas é causado pelo crescimento do mercado econômico, principalmente nos países emergentes. Entre os países que mais recebem expatriados, o Brasil ocupa a segunda colocação, atrás apenas dos Estados Unidos. A consultora explica que a posição do país no ranking ocorre pela carência de mão de obra qualificada no mercado de trabalho brasileiro. Depois do Brasil, os países que mais recebem expatriados são China e Austrália.

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Para 47% das empresas consultadas, suprir as subsidiárias espalhadas em diferentes países com conhecimentos técnicos é o principal motivo dos programas de transferências internacionais. Além disso, elas apostam na expatriação para promover o gerenciamento de carreira e desenvolvimento de liderança (43%); transferência de conhecimento (41%); satisfazer necessidades específicas de um projeto (39%); e suprir habilidades gerenciais não disponíveis localmente (38%).

O engenheiro Mauro Kunzel, 51 anos, é experiente em expatriações. No dia 30 de abril, embarcou com a família para o Japão, onde vai trabalhar durante dois anos na montadora Volvo. De 2003 a 2006 Kunzel morou na França, também trabalhando em uma subsidiária da empresa. A Volvo tem um programa específico de expatriação de funcionários. Hoje, 50 brasileiros estão no exterior pela multinacional e 13 estrangeiros trabalham nas sucursais da montadora no Brasil.

Gerente da área de arquitetura de veículos da Volvo, Kunzel vai trabalhar com desenvolvimento de produtos no Japão. Ele acredita que uma experiência profissional no exterior é fundamental. "Você tem a oportunidade de participar de um projeto global, num nível de complexidade que muitas vezes não estamos acostumados no Brasil", diz.

Para o presidente do Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), José Roberto Marques, uma experiência internacional pode abrir muitos horizontes. "A expatriação é uma oportunidade ímpar de levar know how a outro braço da empresa, ampliar e compartilhar conhecimentos e aprender ainda mais sobre seu mercado de atuação."

Perfil

Em expatriações de curto prazo, empresas optam pelos mais jovens

Segundo o levantamento da consultoria Mercer, o perfil do profissional expatriado depende do tempo em ele que vai permanecer no exterior. Em transferências de curto prazo (cerca de oito meses), a opção pelos mais jovens predomina, com proporção maior de expatriados na faixa abaixo dos 35 anos. Nas transferências de longo prazo (cerca de dois anos e dez meses), a idade média está situada entre 35 e 55 anos. Apenas 13% dos transferidos são do sexo feminino.

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