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Dentro das quatro linhas, demanda por profissionais vai além da contratação de jogadores. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Dentro das quatro linhas, demanda por profissionais vai além da contratação de jogadores.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

O sonho de ser jogador pode ter ficado lá na infância, mas isso não exclui a possibilidade de os amantes do futebol trabalharem nesse esporte. Além da graduação em Educação Física, há opções de cursos de extensão, tecnólogo e pós-graduação na área. São voltados para estudantes formados em diferentes faculdades, curiosos e até pessoas com carreiras consolidadas.

“Já passou o tempo em que ‘ser boleiro’ era suficiente para atuar no futebol. Hoje, é necessário um alto grau de especialização. No Brasil, essa mudança está acontecendo de forma lenta, mas já está ocorrendo”, diz Hamilton Roschel, coordenador do Bacharelado em Esporte da Universidade de São Paulo (USP), que prepara os alunos para trabalhar com planejamento, administração, organização e execução em diferentes modalidades, como o futebol.

Entre os enfoques dos cursos – treinamento, técnica e performance, por exemplo –, um chama atenção pela grande oferta: a gestão esportiva. Para além das quatro linhas do campo, o futebol inclui atuação na administração dos clubes, no marketing das marcas, no comando de negócios próprios (escolinhas, por exemplo) e, em meio a tudo isso, ainda há a gestão de pessoas, recursos e investimentos.

“Profissionalmente, existem muitos meios para atuar. A gestão ajuda a ter essa visão ampla”, explica Luiz Afonso Gomes, coordenador do curso de pós-graduação Futebol e Futsal: do Treinamento à Gestão, do IPA, de Porto Alegre.

A oferta de cursos ligados ao futebol tende a crescer, segundo Everson Bello, coordenador da pós-graduação em Gestão Profissional do Futebol, da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) em parceria com Internacional e Unificado. “É um mercado inacabável. O futebol vai precisar cada vez mais de especialistas”, aposta.

A Faculdade Drummond, em São Paulo, prepara quem deseja ser técnico ou assessor do treinador. Desde 2007, a instituição oferece o tecnólogo em futebol, que aborda aspectos táticos e físicos, além de planejamento e gestão.

“Trabalhamos todas as vertentes do futebol, explorando técnica e arbitragem”, explica o coordenador Pedro Luiz Bulgarelli.

Nas 4 linhas

Se a ideia não é ficar longe do campo, as carreiras de árbitro e treinador podem ser opções para quem pretende fazer do futebol um caminho profissional. Para apitar partidas oficiais, é preciso curso de arbitragem por federações de futebol. O profissional pode trabalhar em campeonatos, além de abrir possibilidade para apitar jogos da CBF e da Fifa. Com relação às ambições de ser técnico, há cursos profissionalizantes independentes, mas quem é formado em Educação Física também pode trabalhar na profissão.

Além dos times

Além de fazer parcerias com clubes, as universidades têm cursos próprios. A pós do IPA será lançada neste ano para capacitar profissionais, empreendedores e administradores. Para Luiz Afonso Gomes, responsável pelo curso, a gestão é cada vez mais valorizada. “O futebol não é somente treinamento”, diz.

Entre as ofertas, também estão uma pós e um MBA ministrados na Sogipa. A especialização Ciências do Movimento Humano tem uma matriz comum que trata de temas como exercícios físicos e nutrição e, depois, o aluno pode escolher uma área.

Parceiro da Liga de Futebol Profissional da Espanha, o MBA Internacional em Gestão Esportiva, da Sogipa, foca em administração, recursos humanos, gestão econômica, aspectos jurídicos, marketing e eventos. A certificação é feita em conjunto com a Universidade Católica Santo Antônio, da Espanha.

“Os gestores podem ser dirigentes de clubes ou professores de escolinhas. A administração vai além dos times de futebol”, afirma a coordenadora de pós-graduação da Sogipa, Anneliese Schonhorst.

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