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O presidente mundial da Renault, Carlos Ghosn, veio a São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, nesta quarta-feira (5), para oficializar o investimento de R$ 1,5 bilhão que será feito na fábrica no Paraná. O investimento será feito até 2016. Após o anúncio, Ghosn criticou o senador e ex-governador Roberto Requião (PMDB) dizendo que a empresa sofreu maus-tratos do governo paranaense nos últimos oito anos.

Inicialmente, o atual governador, Beto Richa (PSDB), disse que faria um gesto de "desagravo aos maus-tratos do governo anterior, nos últimos anos, em relação a Renault".

Ghosn confirmou que a empresa não recebeu bom tratamento do governo anterior e considera que é necessário suporte para que a Renault seja "querida" no Paraná.

Além dos discursos, Richa e Ghosn assinaram um protocolo de intenções. Segundo Ghosn, ao montante de R$ 1 bilhão inicialmente previsto para a planta no período 2010-2016 se somarão mais R$ 500 milhões para complementar o projeto.

Novos modelos de veículos serão lançados e haverá aumento na produção. A previsão da Renault é de que 2 mil empregos serão gerados.

Ghosn confirmou também que um centro de distribuição de peças será construído em Piraquara, também na RMC.

Após o evento na RMC, o presidente mundial da Renault segue para o estado Rio de Janeiro. Ghosn anunciará na quinta-feira (6) a construção de uma fábrica da Nissan em Resende (RJ). A Renault não apresentou detalhes da nova planta da Nissan no evento em São José dos Pinhais.

"Brasil está entre as prioridades em nossa estratégia de crescimento mundial e pode se transformar no segundo maior mercado para Renault no mundo até 2013 (depois da França)", afirmou Ghosn.

A meta do grupo é ampliar a participação da Renault no mercado brasileiro dos atuais 5,5% para 8% em 2016 e a de Nissan de 1% para 5%.

Segundo Ghosn, o Brasil é o quarto maior mercado de automóveis do mundo, apenas superado pelos Estados Unidos, China e Japão, mas seu mercado tem mais potencialidade devido a que a taxa de veículos por mil habitantes no país é muito inferior à americana ou a dos países europeus.

Tributos

A Renault terá direito à prorrogação do prazo de recolhimento de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A vantagem vai valer para os novos modelos produzidos. A empresa também terá incentivo de ICMS na importação.

Em troca, a montadora vai antecipar o pagamento do ICMS que foi prorrogado desde que anunciou sua instalação no Paraná, pelo antigo programa Bom Emprego, e se compromete a exportar e importar cerca de 90% dos seus veículos pelo Porto de Paranaguá – no ano passado, a Renault transferiu parte das importações de veículos para o porto de Vitória (ES).

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