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“Nossa audiência é a própria necessidade do usuário. As pessoas só não usam mais seus telefones porque é caro falar. Neste mercado de telefonia, a demanda vai ser sempre maior que a oferta.” Jean-Marc Schiffler, presidente do Grupo Wertt, que está comercializando a publicidade com as operadoras de telefonia | Divulgação
“Nossa audiência é a própria necessidade do usuário. As pessoas só não usam mais seus telefones porque é caro falar. Neste mercado de telefonia, a demanda vai ser sempre maior que a oferta.” Jean-Marc Schiffler, presidente do Grupo Wertt, que está comercializando a publicidade com as operadoras de telefonia| Foto: Divulgação

Tendência

Celular é aliado na hora da compra

O celular deve ser, cada vez mais, um aliado do consumidor no momento da decisão da compra, segundo os dados apresentados na quarta pesquisa anual da Sterling Commerce, uma empresa do grupo de telefonia norte-americana AT&T. Neste ano, o estudo feito com cerca de mil consumidores norte americanos perguntou qual a importância do canal móvel para eles. Cerca de 33% dos entrevistados na faixa entre 18 e 44 anos disseram ter uma maior tendência a acessar informações sobre produtos utilizando seus celulares dentro da loja onde foram realizar uma e 35% afirmaram que fazem comparação de preços utilizando o aparelho. Na faixa entre 45 e 64 anos, os índices caem para 14% e 20%, respectivamente.

O estudo também revelou um desejo do consumidor de que o varejo trabalhe de forma integrada com as suas lojas físicas e virtuais – 84% dos entrevistados querem poder comprar um item on-line e devolvê-lo em uma loja física, se for o caso. Além disso, 67% querem poder fazer o pedido on-line e retirar a mercadoria na loja física. (CS)

Vinte e quatro segundos da sua atenção em troca de um minuto grátis ao telefone. Essa é a oferta da paulistana Freakom, unidade de negócios do Grupo Wertt e criadora de uma espécie de patrocínio para ligações telefônicas. A mecânica é simples: o usuário interessado só precisa digitar um código antes de ligar para o número desejado, ouvir o comercial e depois a ligação é completada normalmente. O sistema já está disponível em Londrina, no Norte do Paraná, para os clientes de planos pré-pagos da operadora Sercomtel. A Freakom imagina que, em breve, esteja funcionando em outras cidades brasileiras, inclusive para telefones pós-pagos e até fixos.

Segundo o presidente da Wertt, Jean-Marc Schiffler, a empresa já está negociando o patrocínio com todas as operadoras do país. Na outra ponta, sem revelar nomes, ele diz que há uma lista grande de anunciantes interessados em fazer negócio. Por enquanto, no entanto, os usuários da Sercomtel que usam o sistema (discando *043) estão ouvindo anúncios da própria Freakom. "Ele já foi testado e homologado. É apenas uma questão de tempo para que comece a operar com patrocínios", diz. "A novidade é grande, mas está sendo muito bem recebida pelas agências de publicidade e pelos anunciantes."

O mesmo deve acontecer com os usuários, na opinião do presidente da Sercomtel, Fernando Kirreff. Ele aposta que os clientes terão interesse em ouvir os comerciais, em especial aqueles da base pré-paga, que são mais sensíveis a preços. "Os anunciantes também vão se preocupar em fazer um comercial amigável. Acredito que é uma parceria boa para todos", diz Kirreff, que prefere não revelar a base de clientes da empresa.

Se a Freakom realmente conseguir acordo com todas as operadoras do país, o serviço tem potencial para chegar a 175 milhões de aparelhos – cerca de 82% do total. "Nossa audiência é a própria necessidade do usuário. As pessoas só não usam mais seus telefones porque é caro falar. Neste mercado de telefonia, a demanda vai ser sempre maior que a oferta."

O acordo com a Sercomtel prevê que cada usuário pode fazer até duas chamadas patrocinadas por dia. Parece pouco, mas a média de uso dos clientes pré-pagos é de 27 minutos por mês – ou seja, menos de um minuto a cada dia. Os comerciais podem variar de 8 a 24 segundos, e o anunciante tem a possibilidade de mudar o spot a cada 24 horas, se achar conveniente. A gestão da campanha, explica o presidente da Freakom, é feita pela própria agência através da internet. Schiffler prefere não revelar os valores dos contratos em negociação, mas diz que o custo é "extremamente agressivo" se comparado a outras mídias. Assim como na grade de programação da televisão, a mídia tem dois horários nobres: das 11 h às 14 h e das 17 h às 20h30 – período em que o número de ligações é maior – e, claro, o preço do pacote.

A novidade também deve gerar um rico banco de dados sobre os consumidores, com perfis e hábitos de consumo, que poderão, segundo Schiffler, ser utilizados pelos anunciantes para campanhas específicas para um determinado público ou momento. "Se o produto tiver adesão, automaticamente irá se tornar um canal relevante para os anunciantes."

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