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A retração de 1,7% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no terceiro trimestre em relação aos três meses anteriores foi um destaque negativo na economia global: não apenas foi a maior queda entre 41 países que já divulgaram o seu dado de julho a setembro, como também é a mais longa.

A contração foi praticamente o dobro da registrada pela Grécia (-0,9%), a segunda economia que mais encolheu no período.

O resultado chama atenção porque aconteceu em um período em que boa parte da economia mundial teve crescimento: dos 41 países analisados, 35 obtiveram resultado positivo ou ficaram estagnados. Somente Dinamarca, Japão, Taiwan e Estônia encolheram no terceiro trimestre, além de Brasil e Grécia.

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Nos países da América Latina (referência para o ritmo do PIB brasileiro), somente Chile e Colômbia já anunciaram seus dados de julho a setembro. O primeiro cresceu 0,4%, e o segundo, 0,8%.

Sequência negativa

Outro destaque negativo do PIB é que ele acumula o terceiro trimestre consecutivo de retração, uma sequência que nenhum dos países analisados obteve no período; nem mesmo a Grécia e a Ucrânia, dois locais que vivem crises graves.

Essa sequência negativa não significa que a crise brasileira seja a mais grave no mundo hoje – a economia ucraniana, por exemplo, encolheu 6,8% no ano passado e deve cair, segundo projeções do FMI (Fundo Monetário Internacional), mais 9% neste ano, ainda sob efeito do conflito com a Rússia. Porém, enquanto alguns países já dão sinais de que a crise chegou ao fundo do poço, o Brasil não dá indícios de que ela chegou ao fim.

Analistas consultados pelo Banco Central para o boletim Focus (realizado semanalmente) esperam que a retração do PIB continue até ao menos o fim de 2016 (último dado disponível) na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.

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