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| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A redução de lançamentos no mercado imobiliário de Curitiba ao longo de 2016 fez com que o estoque de imóveis novos caísse ao menor nível em seis anos na capital. Em novembro passado, havia 7.814 unidades à venda, o equivalente a 23,4% em relação à oferta total da cidade. No acumulado dos 12 meses, a queda foi de 26%.

Os dados são da Associação dos Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR) e consideram as edificações vendidas na planta e aquelas que estão prontas para morar.

Apesar de o setor ter observado uma diminuição no estoque, no ano passado a valorização dos ativos apresentou um desempenho médio abaixo da inflação. Enquanto o IGP-M, índice usado para a correção do preço dos alugueis, ficou em 6,6% no período, a correção dos imóveis novos fechou em 3,2%, de acordo com o diretor de Relações Institucionais da Ademi, Marcelo Gonçalves. A variação, porém, não leva em conta os imóveis de terceiros, mas apenas aqueles que estejam em construção ou nas mãos das incorporadoras.

Embora a trajetória dos preços médios seja de queda, Gonçalves ressalta que alguns tipos de imóveis tiveram um desempenho próximo da inflação. As unidades com três dormitórios tiveram uma valorização de 5,9%, enquanto as com quatro quartos cresceram 6,3%.

O diretor destaca também que até novembro passado houve uma maior procura por imóveis do tipo econômico (R$ 200 mil a R$ 250 mil), com queda de 26% nos estoques; pelos estúdios de um dormitório, que decresceram 35%; e pelos standard (R$ 250 mil a R$ 400 mil), com diminuição de 33%.

Perspectivas do mercado são otimistas

A redução nos estoques e a perspectiva de aumento no ritmo de cortes da taxa básica de juros, a Selic, hoje em 13% ao ano, trazem otimismo ao mercado imobiliário e devem realinhar os preços aos mesmos níveis da inflação, afirma Gonçalves. “A nossa expectativa é que os bancos públicos e privados diminuam as taxas para financiamentos, o que os tornará mais baratos e abrirá uma janela de oportunidade para os investidores”, considera ele.

Além da queda do preço ao consumidor final, o diretor lembra que os cortes na Selic beneficiam os incorporadores, que terão linhas de crédito mais em conta e uma maior “vontade de empreender”, criando um ambiente positivo no setor.

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