O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta segunda-feira, 25, que, no projeto para a Reforma da Previdência que o governo pretende apresentar até o fim do ano, estão incluídos estudos sobre um tempo de transição para o regime único. “O presidente Michel Temer, quando expusemos a ele as primeiras ideias, pediu que fizéssemos um estudo para ver se não é possível nesse momento, mesmo que a gente tenha uma transição longa, mas de caminharmos para um regime único”, afirmou, após receber uma medalha da aeronáutica pelo trabalho executado para a aviação nacional.
Padilha, que foi ministro da Secretaria da Aviação Civil do governo da presidente afastada Dilma Rousseff, afirmou ainda que o grupo de trabalho formado pela Casa Civil, Planejamento, Fazenda, Trabalho e Desenvolvimento Social, está dedicado a mapear quais seriam as variáveis e qual seria o tempo de transição para esse regime único. “Temos que ver apenas como se atinge o direito, a aquisição do direito à aposentadoria. Mas tem solução. Muitos países já fizeram isso. O Brasil seguramente também poderá fazer”, afirmou. “O certo é que a voz foi do presidente. Ele pediu um estudo, ainda está feito.”
Durante o fim de semana, Padilha usou sua conta no Twitter para comentar a Reforma da Previdência. Ele destacou o pedido de Temer ao grupo de trabalho e afirmou que é “impostergável” a realização da reforma. “Estamos chegando aos 80 anos e não nos preparamos para dar dignidade aos idosos”, disse. “A Reforma da Previdência é de interesse de cada um e de todos os brasileiros. Seu debate está acima de qualquer entidade”, completou.
Padilha destacou o déficit de 2015 com a previdência de R$ 86 bilhões, disse que a previsão em 2016 é de déficit de R$ 140 bilhões e, em 2017, de R$ 180 bilhões. “Em breve, não caberá no Orçamento Geral da União”, afirmou. O ministro ressaltou que “quem já tiver direito à aposentadoria não sofrerá nenhuma mudança ou prejuízo.”
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