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| Foto: Thyago Marcel/

Escolhido relator na comissão especial que será criada para analisar a PEC da reforma da Previdência, o deputado Arthur Maia (PPS-BA) pediu “temperança” nesta quarta-feira para lidar com o assunto e disse que o país não precisa de “reações espalhafatosas” num momento de crise.

O deputado evitou falar no mérito da proposta enviada pelo governo, do qual é um dos vice-líderes na Câmara, mas disse que, em reunião com o presidente Michel Temer na última segunda-feira, ambos comentaram da necessidade de não “se abrir a porteira para exceções”, o que seria, admitiram, muito “tentador” diante das pressões. Mas, caso isso ocorra, avalia, a reforma ficaria comprometida.

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“Sabemos que as tentações são grandes para que haja excepcionalização, mas a gente não pode abrir a porteira para exceções. Onde passa boi passa boiada. E se passar um, meu amigo...”, disse Arthur Maia.

Ele ressaltou não estar falando na condição de relator, apesar de haver um acordo na Casa para que ele assuma, e disse que quem vai anunciar oficialmente a composição da mesa da comissão especial será o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Antes de qualquer coisa temos que ter temperança, o país não está precisando agora de nenhuma reação espalhafatosa. Quem assumir (a relatoria) tem que ter muita serenidade. Não quero ser um fator de desestabilização”, disse.

Perguntado se tinha interesse de assumir a missão, ele afirmou que deve renunciar ao mandato o deputado que não quiser enfrentar esse desafio. “Nenhum deputado que está aqui tem direito de recusar essa relatoria. Se recusar é melhor renunciar ao mandato. “

Arthur Maia elogiou o texto elaborado pelo governo, proposta que chamou de “grandiosa” por submeter todos os trabalhadores a uma mesma regra geral, “do gari ao presidente da República”. Alertado por jornalistas, no entanto, ele fez a ressalva de que os militares não serão regidos pela mesma regra. “Uma coisa inequívoca nesse projeto é que estamos fazendo uma lei para todos, do gari ao presidente da República. Todos estaremos submetidos a uma mesma regra, e isso é extraordinário, uma clara característica de modernidade da nossa legislação”, afirmou.

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