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O novo presidente da Renault do Brasil e diretor geral da divisão Mercosul, Jérôme Stoll, anunciou nesta quinta-feira um plano de crescimento para os próximos três anos, que prevê investimentos de US$ 360 milhões, com a intenção de aumentar as vendas da marca no país para 106 mil unidades até 2009. Com este plano, a Renault espera alcançar 5,7% de participação no mercado nacional, ante 2,9% consolidados em 2005.

A fábrica de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, servirá como base de operações e plataforma de lançamento de produtos para a América Latina. "Vamos do Mercosul ao México", disse.

De acordo com o executivo, a fábrica, que terá a capacidade produtiva aumentada nos próximos anos, vai ganhar mais profissionais de desenvolvimento de produtos específicos para os mercados brasileiro e latino-americano. "Teremos um centro de engenharia de desenvolvimento", afirmou.

O programa de expansão prevê o lançamento de cinco novos modelos, o aumento da utilização da capacidade da fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná, dos atuais 30% para 90%, além da abertura de mil vagas no quadro de funcionários.

Conforme o executivo, além do Mégane, que já está sendo produzido no país desde março, serão montados no Brasil a versão Mégane Grand Tour, que será mostrada neste mês no Salão do Automóvel de São Paulo, e o Logan na versão sedã, que chegará em meados de 2007. Em seguida serão produzidas duas novas carrocerias derivadas do Logan, sendo uma delas na

versão hatch e outra que está sendo desenvolvida na França para produção no Brasil. Um último modelo chega em 2009, mas Jérôme não adiantou detalhes.

A montadora está pensando em substituir o Scénic, já que ele pertence a um segmento (monovolumes) que está em baixa no país. O presidente garantiu, no entanto, que o Clio será mantido e não será substituído pelo Logan, que é um carro completamente diferente. Apesar de já ser fabricado na França e na Romênia, o Logan ganhará diferenciais no Brasil. Jérôme explicou que apesar de o carro ter as mesmas características (ser um modelo robusto e espaçoso), ele não pode ser tratado da mesma maneira na Europa e na América Latina.

O executivo negou que a empresa vá transferir a produção do Clio do Paraná para a Argentina, mas admitiu que o país vizinho, neste momento, é mais competitivo que o Brasil, que sofre atualmente por conta do câmbio desfavorável.

Outro item da estratégia de crescimento da Renault é a negociação para reduzir custos de peças com fornecedores locais. Segundo o executivo, a meta da empresa é alcançar uma diminuição de 25%. Jérôme disse ainda que a Renault tem como meta atingir o patamar de 90% de sua peças com produção nacional.

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