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Manfred Desenbrock, presidente do Sicredi: otimismo para 2015 apesar do cenário adverso. | Divulgação
Manfred Desenbrock, presidente do Sicredi: otimismo para 2015 apesar do cenário adverso.| Foto: Divulgação

A central do Sicredi responsável pelas operações no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro obteve no ano passado uma expansão de 25% em suas operações de crédito em 2014, quando chegou a R$ 7,5 bilhões. As sobras da cooperativa de crédito na região foram de R$ 270 milhões no ano passado, 30% acima dos R$ 209 milhões de 2013.

350 unidades

do Sicredi funcionam em 300 municípios do Paraná. A meta é chegar aos 399 em cinco anos.

Cooperado tem direito a participação na gestão e resultados

O modelo de cooperativa de crédito é diferente de um banco tradicional, apesar de oferecer os mesmos serviços, como poupança, cartão de crédito e aplicações financeiras. Em uma cooperativa como o Sicredi, os associados fazem aportes e se tornam “sócios” do sistema. Eles podem votar em assembleias e recebem parte das sobras anuais, os lucros obtidos pela operação.

“Temos o papel de contribuir para uma comunidade que um banco tradicional não tem”, afirma Manfred Dasenbrock, presidente do Sistema Sicredi. As cooperativas também respondem a uma regulamentação própria, que foi bastante alterada na última década para dar mais flexibilidade a suas operações. Desde 2004, por exemplo, elas passaram a poder operar no modelo de livre admissão, ou seja, não precisam ficar presas a uma única atividade econômica.

Apesar do crescimento baixo da economia, o Sicredi conseguiu manter o ritmo de expansão geográfica e a atração de novos associados. No ano passado, a central que engloba o Paraná chegou a 775 mil associados às suas 34 cooperativas de crédito espalhadas pelos três estados de abrangência. O número é 20% superior ao registrado no fim de 2013. Com isso, o volume de recursos administrados pelo Sicredi teve crescimento de quase 30% – são hoje R$ 9,2 bilhões.

“Nos posicionamos como uma instituição da comunidade e isso tem dado resultado”, diz Manfred Dasenbrock, preside a Central Sicredi PR/SP/RJ e do Sistema Sicredi. “Houve um forte investimento na profissionalização da gestão e na infraestrutura que permite a participação dos associados nas assembleias do sistema.”

Como uma instituição de crédito cooperativo, o Sicredi se organiza a partir de cooperativas, que estão sob a supervisão de centrais interligadas. Hoje são quatro, uma delas responsável pelo Paraná e outros dois estados do Sudeste. Segundo Dasenbrock, esse modelo não limita a capacidade de expansão da instituição, que tem planos para avançar dois dígitos no ano que vem.

“Sabemos que o cenário econômico se deteriorou, mas planejamos um crescimento superior a 20% em 2015”, diz o executivo. Parte do otimismo vem do fato de o Sicredi concentrar hoje cerca de 50% de suas operações de crédito no agronegócio, que deve ser beneficiado com a desvalorização do real e com demanda mais estável por recursos do que segmentos que estão sofrendo com a crise, como o financiamento de veículos.

A expansão dos ativos administrados será apoiada pela ampliação da abrangência geográfica. No Paraná, o Sicredi tem cerca de 350 unidades em 300 municípios. A meta é chegar a todas as 399 cidades em até cinco anos, mesmo que em algumas o serviço seja oferecido em meio eletrônico. Em São Paulo, estado que foi absorvido há três anos à central, o potencial de expansão é maior. No ano passado, foram abertas 35 unidades, e neste ano serão outras 40, número que deve ser repetido em 2016. Com a maior abrangência, pelo menos mais 100 mil associados devem ser atraídos às cooperativas da central neste ano.

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