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Os clientes de alta renda, um dos filões mais cobiçados do HSBC Brasil, comprado pelo Bradesco, serão alvos de sondagem intensa e imediata de bancos como Santander e Citi, que se dizem os únicos bancos globais no país.

A compra da subsidiária brasileira do HSBC por US$ 5,2 bilhões, anunciada nesta segunda-feira, levará para o Bradesco 1 milhão de clientes de alta renda. Muitos desses clientes são usuários do serviço de remessa internacional de recursos do HSBC, o Global Transfer.

“O Bradesco deixou a desejar em oferta de produtos globais em relação aos seus maiores concorrentes, ficou para trás. Agora vai ter que ser cuidadoso com esse público”, disse à Reuters o presidente da consultoria Austin Rating, Erivelto Rodrigues.

Consultado, o Bradesco informou que o serviço Global Transfer continua e continuará sendo realizado no HSBC. O banco disse ainda que buscará manter, “mesmo após a aquisição efetiva, todos os serviços pelo HSBC atualmente realizados”, além de novos serviços e produtos.

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Estratégia

De todo modo, nos últimos meses Citi e Santander Brasil já vinham investindo em campanhas e lançamento de produtos para pessoas e empresas que demandam serviços como operações de câmbio e remessas de recursos entre Brasil e exterior, além de opções de investimentos fora do país.

Na semana passada, o Santander Brasil lançou uma campanha de TV para ampliar a bandeira Select, voltada a clientes de alta renda. Agora, a abordagem será direta a atuais correntistas do HSBC, com ênfase em atrativos como os serviços de saque instantâneo em moeda estrangeira em vários países.

“Vamos intensificar nosso trabalho de crescimento orgânico, que vem apresentando resultados muito positivos”, afirmou o Santander Brasil em comunicado.

O Citi, que como o HSBC tem sofrido com a falta de escala dos maiores bancos no Brasil, há dois anos tem se concentrado em nichos, como o de alta renda.

Com a filial brasileira do banco britânico saindo de cena, as oportunidades aumentam, disse o chefe da América Latina para a área de consumo e banco comercial do Citi na América Latina, Fabio Fontainha.

“Isso (a saída do HSBC do Brasil) pode provocar interesse de clientes. Estamos interessados em conversar”, disse Fontainha.

Para analistas, mesmo rivais domésticos como Itaú Unibanco e Banco do Brasil, que se movimentaram mais rápido na oferta de produtos internacionais, tendem a tomar parte da recém-conquistada clientela do Bradesco.

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