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Quanto deveria custar uma lufada de ar fresco? A maioria das pessoas responderia a essa pergunta de forma óbvia: nada. Mas Moses Lam não está com a maioria. Ele descobriu quase sem querer que muita gente pagaria pela mistura de gases que circunda o globo e garante a vida na Terra. Mais especificamente, muita gente pagaria por ar canadense.

Ele vende latas de ar por US$ 32 através de uma startup chamada Vitality Air, lançada em março e sediada em Alberta, no Canadá. Em uma entrevista por telefone, Lam disse que a maioria dos seus clientes reside na China. Neste mês, ele também passou a procurar consumidores na Índia e na Coreia. Embora ele não revele números, em dezembro o canal de tevê CNN disse que o primeiro lote vendido pela empresa tinha 500 latas, vendidas em duas semanas.

O diretor de operações da empresa na China, Harrison Hang, disse à CNN que a empresa estava recebendo muitas encomendas para o segundo lote. “Estamos chegando à marca de mil latas”, disse.

“As pessoas estão começando a perceber que o ar não está ficando mais limpo”, disse Lam, em referência a problemas de poluição. “É quase como o mercado imobiliário, está sempre acabando.”

Poluição

Segundo o Banco de Dados sobre Ambiente Urbano e Poluição do Ar da Organização Mundial da Saúde (OMS), a maior parte das cidades está poluída. “Mais de 80% das pessoas vivendo em áreas urbanas que monitoram a qualidade doar estão expostas a níveis de poluição que excedem o limite tolerável pela OMS”, disse o relatório.

Lam, um corretor de hipotecas que trabalha no TD Canada Trust, disse que o negócio começou como uma brincadeira. Ele estava estressado com sua vida no banco e procurou uma atividade para relaxar.

“Queria fazer algo divertido”, disse. “E algo que pudesse ajudar as pessoas também.” A brincadeira foi colocar um pacote com ar dentro para vender no eBay para ver se alguém compraria. Depois de dois meses, alguém dos Estados Unidos fechou negócio.

O primeiro pacote plástico saiu por 99 centavos de dólar, e deixou Lam animado o suficiente para tentar de novo. E o segundo pacote foi muito melhor, sendo vendido por US$ 168.

Naquele momento, o bom senso lhe disse que era hora de vender ar. O empreendimento veio com seus problemas. Garantir que um saco plástico seria transportado sem se romper não sairia barato. E se o pacote se rompesse, o comprador sairia de mãos abanando. A solução foi recorrer às latas.

Agora, ele vê o ar como um produto para pessoas com um estilo de vida sofisticado, especialmente se elas viverem em locais poluídos. Ele imagina que as mesmas pessoas que compram água engarrafada para ter uma melhor hidratação comprariam suas latas de ar.

“Queremos que usem como um produto de estilo de vida, como se tivessem uma garrafa de água em uma mãe e a lata de ar na outra.” “Claro que as pessoas perguntam: ‘quem compraria ar?’. Minha resposta é por que você quer beber água dos alpes franceses ou de Fiji? É exatamente a mesma coisa.”

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