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Vendas reais do segmento deste ano devem ser apenas 0,5% maiores que no ano passado, descontada a inflação | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Vendas reais do segmento deste ano devem ser apenas 0,5% maiores que no ano passado, descontada a inflação| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O setor supermercadista brasileiro piorou a expectativa de vendas para 2015 e espera fechar o ano com praticamente o mesmo nível de vendas de 2014, em mais uma mostra da estagnação econômica do país.

A Abras, entidade que representa o setor, agora prevê que as vendas reais do segmento deste ano serão apenas 0,5% maiores que no ano passado, descontada a inflação.

A mudança veio após a entidade ter divulgado nesta terça-feira (28) que as vendas dos supermercados do país no primeiro semestre ficaram estáveis ante a primeira metade de 2014. Em junho, também em termos reais, as vendas do segmento foram 3,04% menores que no mesmo mês do ano anterior.

“Estamos vivendo um cenário bastante complicado, com as crises econômica e política afetando bastante a confiança do consumidor”, disse a jornalistas o vice-presidente de Abras, João Sanzovo.

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Autoindulgência

Para o executivo, a estagnação até junho pode até ser vista como boa, visto que diversos setores do varejo tiveram contração nas vendas.

De acordo com Sanzovo, a mudança de hábito dos consumidores, como fazer menos refeições fora de casa e passar a consumir bebidas no lar, amorteceu parcialmente os efeitos da queda de renda das famílias provocada por inflação alta e aumento do desemprego.

Além disso, afirmou, é possível perceber que as pessoas estão assumindo menos dívidas e direcionando parte da renda para consumir no supermercado. “É uma autoindulgência”, disse.

Para a Abras, apesar do cenário econômico e político adverso e da expectativa de impacto negativo da recente alta do dólar sobre produtos importados, e ainda de uma intensificação da volatilidade na China, os supermercadistas esperam manter o ritmo de vendas no segundo semestre.

“Tem as vendas de final de ano, que tornam a segunda metade do ano melhor”, disse Sanzovo. “Por enquanto não estamos percebendo movimentos de demissões, ao contrario, pode até haver contratações temporárias,” acrescentou.

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