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Outro fator que contribui para o cenário de redução de tarifas é o quadro de redução na demanda por energia em 2015 diante da perspectiva de retração da economia | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Outro fator que contribui para o cenário de redução de tarifas é o quadro de redução na demanda por energia em 2015 diante da perspectiva de retração da economia| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

As tarifas de energia elétrica devem recuar no próximo ano, apoiadas em um cenário de chuvas previsto como mais favorável, desligamento de algumas térmicas e renovação de concessões de hidrelétricas, estimou nesta quarta-feira o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino.

“O consumidor poderá dar uma respirada e acredito que no ano que vem tem a perspectiva de uma redução na tarifa”, disse Rufino a jornalistas durante evento do setor. “O custo da energia está no máximo e como vamos reduzir (o consumo este ano), isso reduz a tarifa em todo o país”, acrescentou.

Rufino comentou que o cenário hidrológico é muito mais favorável para 2016 do que se projetava para 2014 e 2015. Caso a estimativa se confirme, há a perspectiva de desligamento de algumas termelétricas no ano que vem.

“O que vimos de patamar de tarifa em 2014 e 2015 foi um que chegou ao limite do tolerável”, disse Rufino. “Há previsão de hidrologia melhor; as renovações da concessões de usinas hídricas que serão embutidas nas contas a um preço mais barato; e os encargos na CDE não são recorrentes e terminam esse ano”, afirmou, referindo-se à Conta de Desenvolvimento Energético.

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Outro fator que contribui para o cenário de redução de tarifas é o quadro de redução na demanda por energia em 2015 diante da perspectiva de retração da economia, o que deve ajudar a poupar os reservatórios das hidrelétricas.

Órgãos do governo federal reduziram a perspectiva de crescimento da demanda por energia do país de 3,2% para queda de 0,1% neste ano. Porém, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema elétrico (ONS), Hermes Chipp, afirmou nesta quarta-feira que já cogita uma nova revisão para baixo nessa projeção de consumo.

O governo federal tem até setembro para discutir uma nova revisão, mas o ONS acha que no fim de junho ela já poderá ser feita. “A demanda de maio já está 2 mil megawatts abaixo da nova projeção para o ano. Junho não deve ser diferente. A lei diz que, se houver um fato excepcional no curso, a revisão pode ser feita antes. Acho que no fim de junho já haveria elementos para isso”, explicou Chipp.

Segundo ele, até recentemente as estimativas para o nível das represas de hidrelétricas do Sudeste no final do período de estiagem, em novembro, era de aproximadamente 10%, mas nesta quarta-feira, a estimativa já aponta para 20%. “O cenário melhorou, eu diria que o risco de racionamento é praticamente nulo”, disse Chipp.

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