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Sindicato no PR mantém assembleia para o dia 17

Mesmo com a nova proposta feita pelos Correios nesta sexta-feira (13), o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR) disse que mantém a assembleia marcada para a próxima terça-feira (17). O encontro vai decidir se haverá ou não paralisação da categoria no estado.

De acordo com o secretário de Finanças, Administração e Patrimônio do Sintcom-PR, Santino Sebastião da Silva, a assembleia continua porque os trabalhadores consideram insuficiente a proposta feita pela estatal: um reajuste de 8% aos trabalhadores e também de aumento real de 1,7%. Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 7,13% e um ganho real de 15%.

Além disso, a possibilidade do fim do Correios Saúde (plano de saúde da categoria) também motiva a paralisação no setor. "Eles querem mudar para um plano de saúde privado, e isso vai prejudicar os trabalhadores. Com esse novo [plano], vai ter que pagar mensalidade, e quem pode mais paga mais. Agora os trabalhadores de base, que ganham pouco e que mais precisam do plano porque trabalham nas atividades mais pesadas, não vão ter acesso a um plano de saúde como deveriam ter", declarou o diretor.

No Paraná, a assembleia do dia 17 ocorre em Curitiba, Ponta Grossa, Londrina e Cascavel e Foz do Iguaçu. A primeira chamada da reunião é às 19 horas.

Depois de dois dias parados, os trabalhadores dos Correios de São Paulo, Rio de Janeiro, Rondônia, Tocantins e Rio Grande do Norte decidiram encerrar a greve, e aceitar a proposta da empresa, segundo a federação a qual são filiados. Em reunião nesta quinta-feira, os Correios ofereceram reajuste de 8% sobre os salários, e de 6,27% sobre os benefícios, além de um depósito extra de R$ 650,65 ao fim do ano e pagamento do Vale-Cultura a todos os funcionários. O benefício faz parte de um programa do Ministério da Cultura que dará R$ 50 a trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos para a compra de bens culturais.

Segundo os Correios, a empresa registrou presença de 92,15% de seus funcionários pelo sistema de ponto eletrônico. Mesmo assim, 22% da carga não chegou em dia, segundo a empresa. Apenas serviços com hora marcada foram prejudicados nos dias de greve.

Outros Sindicatos

A partir do dia 18, os outros 29 sindicatos que representam a categoria no país podem aderir à greve, segundo a A Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect). Há um racha entre as entidades que representam a categoria. Os sindicatos de São Paulo, Rio, Bauru e Rio Grande do Norte são ligados a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), vinculados ao PC do B e, junto com Tocantins e Rondônia, são vinculados à outra federação, a Findect. Já a Fentect é filiada à Cut (Central Única dos Trabalhadores), do PT.

Em São Paulo, os trabalhadores pediam reposição da inflação, de 7,13%, mais aumento real de 6% e reajuste no piso salarial de 10%. Já a Fentect pede aumento de 7,13%, da inflação, e de mais 15% de ganho real, além de um adicional linear de R$ 200 nos salários. Uma assembleia ontem chamada pelo Findect decretou a manutenção da greve.

A proposta, segundo o Correios, custaria R$ 31,4 bilhões por ano. Já o reajuste pedido pelos sindicatos que estão em greve teria custo de R$ 4,6 bilhões por ano à empresa.

Correios aumentam proposta para tentar encerrar greve

Para tentar encerrar a greve parcial dos funcionários dos Correios, a estatal aumentou a oferta de reajuste aos trabalhadores para 8%, resultado da reposição da inflação do período (6,27%) mais um aumento real de 1,7%. Na semana passada, a empresa havia apresentado uma proposta de aumento de 5,27%.

A Federação já convocou uma greve para o dia 17, caso os Correios e os trabalhadores não cheguem a um acordo. Segundo a Fentect, a pauta original dos funcionários incluía um reajuste salarial de 7,13% para repor perdas inflacionárias, além de mais um ganho real de 15%. Os trabalhadores também reivindicam um adicional linear de R$ 200 nos salários e ainda outro aumento de 20% para recompor uma defasagem salarial que viria desde os anos 90.

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