De janeiro a setembro, a União reduziu suas despesas em 4%, ou R$ 34 bilhões, na comparação com igual período do ano passado. A maior parte dessa redução veio de um corte profundo nos investimentos, que recuaram R$ 26 bilhões, ou 38%. Também diminuíram sensivelmente os gastos não obrigatórios dos ministérios da Saúde, da Educação e do Desenvolvimento Social.
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Leia a matéria completaPor outro lado, dispararam as despesas com benefícios ao setor privado. O gasto com subsídios quase triplicou, passando de R$ 7,7 bilhões nos nove primeiros meses de 2014 para R$ 21,5 bilhões em igual período deste ano. Boa parte da alta se deve aos juros subsidiados do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do BNDES, que vão consumir recursos públicos por muito tempo, uma vez que os financiamentos serão pagos ao longo de vários anos.
“Entre as despesas que mais sobem estão as desonerações dadas aos empresários a títulos de estímulo econômico. As despesas cortadas estão ligadas a questões essenciais à sociedade, como investimentos públicos, saúde, educação e gastos sociais”, observa Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da TOV Corretora.
Desonerações
A economista Vilma da Conceição Pinto, do Ibre, chama atenção para o avanço das renúncias fiscais, que beneficiam setores específicos. O montante que deixa de entrar nos cofres públicos impressiona. Em 2009, elas equivaliam a 3,3% do PIB. Neste ano, chegarão a 4,9% do PIB, ou R$ 282 bilhões, segundo a Receita Federal. “Muitas dessas desonerações podem ser revertidas, mas o governo nunca fez um acompanhamento para avaliar o custo e a eficácia delas”, diz Vilma.
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