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O desligamento no último sábado (8) de 21 usinas térmicas resultará em um desconto no preço cobrado na bandeira vermelha nas contas de luz, mas não será suficiente para trazer a bandeira para o nível amarelo. A presidente Dilma Rousseff admitiu nesta terça-feira (11) que as tarifas de energia subiram bastante, mas revelou que haverá uma redução de 15% a 20% na bandeira mais cara a partir de setembro.

O anúncio foi feito durante apresentação do Programa de Investimentos em Energia Elétrica (PIEE), que relançou projetos de usinas e linhas de transmissão já previstos e que somam cerca de R$ 186 bilhões em investimentos a serem contratados até 2018.

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A presidente disse que o Brasil não atravessa nenhuma “crise no setor elétrico”, mas ressaltou que, se não tivessem sido criadas as termelétricas, o país teria passado por um “brutal racionamento”. “Agora, todo mundo sabe de uma coisa: entre faltar energia e ter energia é melhor pagar um pouco mais por ter energia, porque o preço da falta de energia é imenso em emprego, em renda, em dificuldade da empresa. Garantir que haja energia de qualidade, mais limpa, segura e mais barata para o país é fundamental pra todos nós”, afirmou.

Na semana passada, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) aprovou o desligamento de 2.000 megawatts (MW) gerados pelas usinas térmicas mais caras do país, o que, segundo o governo, irá gerar uma economia de R$ 5,5 bilhões ao sistema elétrico até o fim de 2015.

Bandeiras

Desde janeiro, vigora no país o regime de bandeiras tarifárias, que repassa mensalmente para as contas de luz o impacto dos preços da energia na geração. Quando o custo para se produzir energia é mais alto – o que ocorre desde o começo do ano –, os consumidores estão submetidos à bandeira vermelha, que representa um adicional de R$ 5,50 para cada 100 kilowatts-hora (kWh) utilizados.

Segundo o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, o desconto pode trazer o preço da bandeira vermelha para R$ 5 por 100 kWh consumidos ou até mesmo para R$ 4,50 por 100 kWh. Essa economia, no entanto, não será suficiente para que o regime de bandeiras passe para o nível amarelo, no qual a cobrança seguirá inalterada em R$ 2,50 por 100 kWh consumidos. “O país ainda está em seu período seco. Ainda não temos a segurança necessária para acionarmos a bandeira amarela. Em outubro e novembro faremos uma nova avaliação”, completou.

“A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fará uma consulta pública nesta quinta-feira (13) para debater o assunto.

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