O HSBC está perto de vender sua operação brasileira para o Bradesco por US$ 4 bilhões (mais de R$ 12 bilhões), afirma o jornal britânico Financial Times, referência na cobertura de negócios no Reino Unido. A transação deve ser anunciada na manhã de segunda-feira, quando o banco britânico comunica ao mercado os resultados do segundo trimestre.
A tentativa de acelerar a negociação para que o anúncio ocorra na segunda-feira faz parte da estratégia do HSBC de demonstrar aos investidores que está fazendo progresso rapidamente em seu plano de reestruturação. Em maio, o banco anunciou que venderia as operações no Brasil e na Turquia e, com outros cortes, retiraria 50 mil pessoas de sua folha de pagamento.
Na Turquia, o HSBC está em conversas com o banco holandês ING. A operação turca é menor, avaliada entre US$ 750 milhões e US$ 1 bilhão.
No ano passado, a unidade brasileira do HSBC teve prejuízo de US$ 247 milhões, o que aumentou a pressão dos investidores para que ela fosse vendida.
A saída do banco britânico ocorrerá após mais de duas décadas no país. Ele comprou os ativos do paranaense Bamerindus em 1997, quando este sofreu uma intervenção do Banco Central.
Enxugamento
Atualmente, o HSBC tem mais de 7 mil funcionários em Curitiba e a venda da unidade para outro banco brasileiro é vista com apreensão pelo sindicato que representa a categoria.
É comum em fusões nesse mercado que o banco comprador elimine áreas que se sobrepõem, como agências em uma mesma área de atuação, departamentos de análise e concessão de crédito e outras áreas administrativas. Ainda há dúvidas sobre se o Bradesco ficará com 100% da filial do banco britânico.
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