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Leve recuperação observada em setembro e outubro na indústria do Paraná dissipou-se em novembro | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Leve recuperação observada em setembro e outubro na indústria do Paraná dissipou-se em novembro| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Queda das vendas foi generalizada, tanto para outros estados quanto em exportações

Em relação ao destino das vendas industriais, em novembro comparativamente a outubro, tem-se queda nas vendas no estado do Paraná (-9,13%), nas vendas para outros estados do país (-6,77%) e nas exportações (-18,15%).

O desempenho acumulado dos primeiros onze meses mostra-se negativo para as vendas no Paraná (-2,74%), para outros estados (-6,34%) e nas vendas para o exterior (-17,74%). As compras de insumos apresentaram redução de 11,46% em novembro, acompanhando o desempenho das vendas e evidenciando redução no nível de atividade para os próximos meses.

Em relação à origem das compras, as realizadas no Paraná (-12,25%), as originadas em outros estados (-10,18%) e as importações (-11,61%) caíram.

O desempenho acumulado de janeiro a novembro, comparado com o mesmo período de 2013, mostra que houve redução de 3,43% nas aquisições de insumos, indicando haver acumulação de estoques.

A indústria paranaense vendeu 9,5% menos em novembro de 2014 em relação ao mesmo mês do ano anterior. Foi o novembro mais fraco para o setor industrial nos últimos seis anos, conforme a pesquisa Indicadores Conjunturais, divulgada nesta terça-feira (07) pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).

Dos 18 gêneros pesquisados, 13 tiveram variação negativa. No acumulado do ano, de janeiro a novembro, a retração ficou em 6,71% em comparação com o mesmo período do ano passado. "No mês de novembro começa tradicionalmente o período de baixa atividade da indústria paranaense e neste ano o declínio foi mais acentuado", afirma o economista Maurílio Schmitt, coordenador do Departamento Econômico da Fiep.

Schmitt lembra que entre 2009 e 2013, as quedas oscilaram entre -0,29% (em 2010) e -2,44% (em 2009), indicando que a crise atual da indústria paranaense é significativa. O economista observa que a leve recuperação observada em setembro e outubro dissipou-se em novembro. "A forte queda das horas trabalhadas (-6,27%) e da utilização de capacidade instalada (5 pontos inferiores aos registrados em novembro de 2013) definem que 2014 será o ano de maior redução de atividade desde 2003", acredita o economista da Fiep. Pessimismo

Maurílio Schmitt lembra que o Índice de Confiança do Empresário Industrial de dezembro, aferido pela CNI, atingiu 42,6 pontos, o que revela pessimismo.

Além disso, as perspectivas para 2015 dos líderes industriais paranaenses alcançaram apenas 57,42%, na Sondagem Industrial 2014-2015, realizada pela Fiep. Foi a mais baixa de toda a série histórica desde 1994. "Tudo está convergindo para oferecer um horizonte de ainda muita nebulosidade", avalia o economista.

Maiores quedas De acordo com a pesquisa da Fiep, dois dos três gêneros de maior participação relativa na indústria paranaense apresentaram queda em novembro: Alimentos e Bebidas (-17,58%) e Refino de Petróleo e Produção de Álcool.

Por outro lado, o gênero Veículos Automotores apresentou o quarto mês de recuperação consecutiva (+13,08%), porém, no acumulado do ano apresenta queda de 18,50%.

Acumulado

No acumulado dos primeiros onze meses deste ano em relação aos de 2013, apenas cinco dos 18 gêneros estão positivos, sendo que os três gêneros com maior expansão foram Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (+20,63%), Edição e Impressão (+10,97%) e Minerais não Metálicos (+3,96%).

Por outro lado, nesta base de comparação, os três gêneros com maiores reduções foram Material Eletrônico e de Comunicações (-59,59%), Metalúrgica Básica (-33,54%) e Veículos Automotores (-18,50%). Emprego e salários

Em relação ao nível de emprego, houve queda de 1,32% em média em novembro, com retração em 14 dos 18 gêneros pesquisados. O emprego diretamente ligado à produção caiu 1,07%.

O resultado acumulado de janeiro a novembro contra igual período de 2013 apresenta incremento de 0,31% no "pessoal empregado total" e de 0,26% no "pessoal empregado na produção".

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