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Números confirmam a tendência de retração do mercado automotivo nacional | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Números confirmam a tendência de retração do mercado automotivo nacional| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Com o maior número de dias úteis em março deste ano, as vendas de veículos novos aumentaram 26,21% ante fevereiro, mas recuaram 2,54% na comparação ao mesmo mês do ano passado. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (01) pela Federação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Fenabrave). Com o resultado, os licenciamentos acumulam queda de 17,02% no primeiro trimestre de 2015 ante igual período de 2014.

Nos 22 dias úteis de março, foram vendidos 234.681 automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões em todo o país, mais do que os 185.947 licenciados nos 17 dias de fevereiro e do que os 240.793 emplacados durante os 18 dias úteis de março do ano passado.

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Governo vai criar grupo para discutir pautas da indústria automotiva

O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse nesta quarta-feira (01) que o governo vai criar um grupo de trabalho para discutir as pautas da indústria automotiva e que propostas serão apresentadas em 30 dias. Por parte do governo, o grupo contará com representantes dos ministérios da Fazenda, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Cidades e Relações Exteriores.

Segundo o ministro, a presidente se comprometeu a criar o grupo interministerial com a Anfavea para apresentar resultados dentro de 30 dias.

Segundo Mercadante, o Brasil tem atualmente uma taxa de câmbio bastante competitiva e isso ajudará nos resultados de exportações. De acordo com Mercadante, “o real ganhou competitividade perante outras moedas fortes” e que isso será importante para ampliar a presença da indústria automotiva brasileira, principalmente na América Latina e na África.

Citou que esse esforço de conquista de novos mercados contará com ações de diplomacia comercial. Ele mencionou focos em países como Paraguai e Chile, e com outros integrantes que estão negociando a entrada no Mercosul, como a Bolívia.

A diferença no número de dias de vendas se deu em razão de fevereiro ser normalmente mais curto que outros meses e do carnaval. Em 2014, os festejos caíram em março, enquanto, neste ano, foram realizados em fevereiro.

Se analisada a média diária de vendas, contudo, é possível eliminar o efeito do feriado e perceber que os números confirmam a tendência de retração do mercado automotivo nacional. Em março, foram emplacados, em média, 10,6 mil veículos, ritmo 20,2% menor do que as 13,3 mil unidades vendidas no mesmo mês do ano passado e 2,4% abaixo da média de fevereiro, de 10,9 mil automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões.

Segmentos

O segmento de pesados foi, em março, mais uma vez o que apresentou pior desempenho nas vendas: queda de 28,07% ante igual mês do ano passado, embora alta de 21,85% na margem. Com o resultado, ele acumula recuo de 32,91% no primeiro trimestre.

Em março, foram vendidos 2.196 ônibus, queda de 23,19% ante igual mês de 2014, mas alta de 11,59% em relação a fevereiro. Já os emplacamentos de caminhões somaram 6.503 unidades, baixa de 29,58% na variação anual, porém avanço de 25,76% na comparação mensal.

As vendas de automóveis e comerciais leves, por sua vez, caíram 1,19% em março ante igual mês de 2014, mas avançaram 26,38% na margem. Com o resultado, acumulam queda de 16,23% nos três primeiros meses de 2015.

No mês passado, foram emplacados 189.879 carros, recuo de 0,04% na variação anual, mas alta de 26,73% na comparação mensal. Já os licenciamentos de comerciais leves caíram 6,8% na variação anual e aumentaram 24,61% em relação a fevereiro, ao somarem 36.103 unidades.

Motos e implementos

Somando motocicletas, implementos rodoviários e outros veículos, o total de emplacamentos em março chegou a 371.860 unidades, o que corresponde a avanços de 28,14% ante fevereiro e de 1,81% ante um ano atrás.

Com o resultado, as vendas totais do setor de distribuição de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários, máquinas agrícolas e outros, como carretinhas para transporte) acumulam queda de 15,04% no primeiro trimestre.

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