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Aula na Universidade de Yale, no estado americano de Massachusetts | Michael MarslandYale University
Aula na Universidade de Yale, no estado americano de Massachusetts| Foto: Michael MarslandYale University

Como George Orwell disse, “algumas ideias são tão estúpidas que apenas intelectuais acreditam nelas”. 

Muitas ideias estúpidas têm origem em acadêmicos de universidades. Se elas permanecessem lá e não infectassem o resto da sociedade, poderiam ser uma fonte de entretenimento, do mesmo modo que um circo funciona. 

Vamos ver algumas ideias estúpidas empurradas por intelectuais. 

Durante a Guerra Fria, acadêmicos de esquerda criaram uma equivalência moral entre totalitarismo comunista e democracia. 

Pior do que isso é o fato de que eles isentaram líderes comunistas do tipo de críticas rigorosas direcionadas a Adolf Hitler, ainda que os crimes comunistas cometidos contra a humanidade façam com que o assassinato de 11 milhões de civis cometidos por Hitler pareça quase amador. 

De acordo com a pesquisa do professor R.J. Rummel em “Death by Government”, desde 1917 até o seu colapso, a União Soviética assassinou ou causou a morte de 61 milhões de pessoas, e a maioria delas eram seus próprios cidadãos. 

De 1949 a 1976, o regime comunista de Mao Zeodong na China foi responsável pela morte de 78 milhões de seus próprios cidadãos. 

Em universidades, o mesmo tipo de equivalência é feito entre capitalismo e comunismo; mas, se alguém olhar para o mundo real, encontrará uma grande diferença. 

Apenas se pergunte: Em quais sociedades o cidadão médio é mais rico – sociedades voltadas para o lado capitalista do espectro econômico ou aquelas voltadas para o lado comunista? 

Em quais sociedades os cidadãos comuns têm seus direitos humanos mais protegidos – aquelas do lado capitalista ou as do lado comunista? 

Por fim, quais sociedades fazem pessoas do mundo todo fugir – capitalistas ou comunistas? E para onde elas fogem – sociedades capitalistas ou comunistas? 

Bobagens mais recentes ensinadas em universidades, sob a alcunha de multiculturalismo, são as de que uma cultura é tão boa quanto a outra. Culto à identidade, diversidade e multiculturalismo são moedas de troca e motivos de celebração em praticamente qualquer universidade. 

Se uma pessoa é negra, parda, amarela ou branca, o pensamento predominante é de que ela deveria ter orgulho e celebrar esse fato mesmo que ela não tenha tido nada a ver com isso. 

O pessoal do multiculturalismo e da diversidade parecem sugerir que raça ou sexo são uma conquista. Isso é bobagem. 

Para mim, raça e sexo podem ser uma conquista, digna de uma celebração considerável, se a pessoa nasceu um homem branco e por meio de seu próprio esforço e diligência se transformou em uma mulher negra. 

Também tem o privilégio branco. Universidades têm cursos e seminários sobre “branquitude”. Uma universidade tem até mesmo um curso chamado “Abolição da Branquitude”. 

Walter E. WilliamsReprodução / Daily Signal

De acordo com os intelectuais acadêmicos, brancos têm vantagens que não brancos não têm. Eles ganham mais e moram em residências melhores, e os seus filhos frequentam escolas melhores e conquistam mais coisas. Com base nessas estatísticas socioeconômicas, nipo-americanos têm mais privilégio branco do que pessoas brancas. 

E, pessoalmente, a minha filha experienciou mais privilégio branco do que provavelmente 95% dos americanos brancos. Ela frequentou escolas particulares, teve aulas de música e ballet, viajou pelo mundo e viveu em comunidades de classe alta. 

Os esquerdistas deveriam se livrar do conceito de privilégio branco e apenas chamar isso de conquista. 

E há também a questão do assédio sexual e estupro nos campi universitários. 

Antes de falar sobre isso, deixe-me fazer uma pergunta. Eu tenho o direito de colocar a minha carteira em cima do meu carro, entrar na minha casa, almoçar, cochilar, depois voltar para o meu carro e encontrar a carteira onde eu deixei? 

Eu acho que tenho o direito de fazer isso, mas a questão real é se isso seria uma decisão inteligente. 

Algumas universitárias se drogam, usam linguagem crassa e dançam de modo sugestivo. Eu acredito que elas têm o direito de se comportarem assim e não serem estupradas ou assediadas. Mas, assim como no exemplo da minha carteira em cima do meu carro, eu perguntaria se isso é um comportamento inteligente. 

Muitos dos nossos problemas, tanto nas nossas instituições de ensino superior quanto nos Estados Unidos como um todo, vêm do fato de que nós perdemos os nossos compassos morais e não há muito interesse em recuperá-los. 

Aliás, a maioria das pessoas não enxerga que os nossos maiores problemas têm algo a ver com moralidade.

*Walter E. Williams é um professor de Economia na Universidade George Mason, na Virgínia. 

Publicado originalmente no Daily Signal. Tradução de Andressa Muniz.

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