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Os elos da evolução podem unir, quem diria, os enormes camelos e dromedários com os assustadores morcegos. Pesquisa realizada na Universidade Federal do Paraná, e que acaba de ser publicada na Itália, identificou uma estrutura óssea similar presente na face dos mamíferos, mostrando a possível existência de um ancentral próximo entre eles.

A equipe da UFPR analisou cinco crânios de camelos e dromedários e os comparou com uma análise feita com morcegos em 2007Fabiano Montiani-Ferreira/UFPR

O osso comum é descrito pelos pesquisadores como uma “projeção óssea cilíndrica e delgada”, localizada na cavidade da face que contém o olho, batizada pelos pesquisadores de “espinha óptica do osso esfenoide”.

A equipe da UFPR analisou cinco crânios de camelos e dromedários e os comparou com uma análise feita com morcegos em 2007. Os ossos dos camelos fazem parte do acervo do Museu de História Natural Capão da Imbuia e do Zoológico de Curitiba, já os dos dromedários pertencem ao Museu de Anatomia Veterinária da Universidade do Contestado, em Canoinhas, Santa Catarina.

Para a equipe responsável, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias (PPGCV), a comparação bem-sucedida dessa estrutura nas duas ordens de animais, Artiodactyla e Chiroptera, reforça a proximidade delas na escala evolutiva. De acordo com a UFPR, “outras pesquisas internacionais já haviam demonstrado a relação entre os camelídeos e os quirópteros com evidências genômicas, mas ainda não havia qualquer suporte anatômico que sustentasse a ideia”.

A pesquisa tem autoria da médica veterinária Gabrielle Fornazari, aluna de mestrado, de Fabiano Montiani-Ferreira e Ivan Roque de Barros Filho, professores do Departamento de Medicina Veterinária (DMV), e de Marcello Machado, professor do Departamento de Anatomia (DANAT).

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