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Campus Politécnico foi o que mais concentrou vestibulandos na capital | Pedro Serapio/Gazeta do Povo
Campus Politécnico foi o que mais concentrou vestibulandos na capital| Foto: Pedro Serapio/Gazeta do Povo

Aproximadamente 7 mil dos 58,9 mil inscritos no vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR) não compareceram às provas da primeira fase do concurso, realizado neste domingo (8) em Curitiba, Matinhos, Toledo, Palotina e Jandaia do Sul. 12,1% – mais do que na edição anterior, quando 11,24% dos candidatos deixaram de comparecer.

Os 51.785 mil vestibulandos disputam uma das 4.886 vagas nos 119 cursos oferecidos. O número de candidatos desta edição é o maior da história da UFPR. Em Curitiba, os maiores locais de prova foram o campus Politécnico da UFPR e a sede da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).

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De acordo com a comissão responsável pela organização do vestibular, não foram registrados episódios de expulsão, tumulto ou falta de noção por parte dos candidatos nos locais de prova, o que significa que ninguém precisou ser retirado das salas por desobedecer às regras do exame.

Sem fórmulas e sem literatura

Entre estudantes que sequer passaram perto dos livros indicados para o vestibular e os candidatos que torcem o nariz para os números, o balanço do dia de prova na UFPR apontou para uma prova cansativa e com comandos de ações mais claros do que no ano passado. “Não estava mais difícil do que o ano passado, mas acho que não fui muito bem em literatura. Só li alguns livros por cima”, alega Lucas Maronez, de 18 anos. Ele viajou 8 horas de Maringá até a capital apenas para o exame. “Tinha muita coisa pra interpretar.” Maria Clara Thomé, de 15 anos, que fez a prova apenas como experiência pra vida – ela sonha cursar Medicina –, até leu um livro inteiro, o que, infelizmente, segundo ela, pode ter sido insuficiente para um bom desempenho. “Mas não achei nada muito difícil, não. Ano que vem me preparo melhor”, promete.

Contudo, nem todo mundo estava em clima de negação literária. Ana Luiza Olijinik, de 18 anos, pretendente a uma vaga de Engenheria Civil, jura ter lido duas vezes cada livro. “Eu estava mais bem preparada esse ano, mas é aquela coisa: fui bem em Humanas, mas em Exatas não deu pra ter certeza, já que a UFPR não cede as fórmulas. Aí temos que nos virar”, explica.

De fato, se a sensação de derrota atingiu muitos estudantes quando o assunto envolveu números, em alguns casos, como o de Sarah Ribeiro, de 17 anos, sobrou autoconfiança. “A prova não estava difícil, apenas cansativa. Em Exatas, os resultados iam batendo com os meus cálculos, o que achei ótimo”. Entretanto, ela não crava um bom resultado na prova por motivos mais amplos. “Não estava numa boa vibe hoje”, completa.

Em coletiva, reitor destaca novo sistema de cotas

Em coletiva concedida à imprensa logo após no início da tarde deste domingo, o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Zaki Akel Sobrinho, destacou o novo sistema das cotas adotados pela instituição, que a partir deste ano passa a ser implementado já desde a primeira fase do vestibular.

“Tenho certeza de que isso vai garantir um preenchimento completo das vagas de cotas”, afirmou o reitor, que lembrou das “sobras” das vagas destinadas a alunos de escolas públicas e negros nos anos anteriores por mantê-los dentro da concorrência geral na primeira etapa do processo seletivo.

De acordo com o reitor, a UFPR não descarta ter que pensar em atividades compensatórias para integrar melhor estes alunos ao conteúdo dos cursos, dependendo do nível da pontuação atingida pelos vestibulandos cotistas.

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