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No total, 15.093 estudantes foram aprovados na primeira fase realizada em 13 de novembro e devem participar desta segunda etapa | Felipe Rosa/Agência de Notícias Gazeta do Povo
No total, 15.093 estudantes foram aprovados na primeira fase realizada em 13 de novembro e devem participar desta segunda etapa| Foto: Felipe Rosa/Agência de Notícias Gazeta do Povo

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) inicia neste domingo (11) a segunda fase do vestibular deste ano, quando os candidatos enfrentarão a prova de Compreensão e Produção de Textos, das 14h às 18h30. Na segunda-feira (12) serão realizadas as provas de habilidades específicas,com duração flexível, de acordo com o curso. Nos dois dias os portões abrem às 12h45 e fecham às 13h30.

A prova deste domingo pode conter até sete questões discursivas – no ano passado foram cinco. A UFPR exige dos candidatos a redação de textos curtos, de diversos gêneros.

>>> Veja abaixo algumas dicas para a prova deste domingo.

No total, 15.093 estudantes foram aprovados na primeira fase realizada em 13 de novembro e devem participar desta segunda etapa. Desses, 460 são de cotas raciais, 2.604 de cotas sociais, 11.483 na concorrência geral e 546 são treineiros. Eles disputarão as 5.087 vagas que a universidade oferece neste ano.

As provas serão realizadas em 14 locais em Curitiba e no câmpus Palotina da instituição. O maior número de candidatos está concentrado na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), onde 3.190 pessoas são esperadas para o exame.

De acordo com o Núcleo de Concursos da UFPR, o resultado final do processo seletivo deve ser publicado até 6 de janeiro, dependendo do cumprimento do prazo de divulgação do Enem, previsto para 4 de janeiro.

>>> O comprovante de ensalamento da segunda fase do vestibular da UFPR está disponível no www.nc.ufpr.br/index2.htm

>>>Confira algumas das respostas dadas por Sérgio Degrande Júnior, professor de interpretação de texto e redação do Curso Dom Bosco, durante o chat realizado na última quinta-feira (8) na Gazeta do Povo.

Sobre o gênero "carta"

O maior problema da carta é como elaborar os aspectos técnicos dentro do espaço destinado. Como não haverá muito espaço, a banca em geral permite que o aluno use apenas o vocativo, não havendo necessidade do locativo e da assinatura. Mas é importante ler o enunciado para ver exatamente o que se pede.

O vocativo deve ser bem conduzido, ou seja, deve atingir a pessoa a quem se destina. Se, por exemplo, a carta for endereçada a um jornal, quem deve responder é o editor. E assim o vocativo deve ser "Senhor Editor". Se for um político, "Senhor deputado", "Senhor governador", etc. O corpo da carta deve ser coerente com o vocativo utilizado.

O corpo da carta deve atender três aspectos básicos: motivo, argumentação e a despedida/agradecimento. No "motivo", o aluno precisa deixar claro o que o levou a escrever a carta.

Para finalizar, nada muito rebuscado. Algo como um "obrigado" ou "sem mais, agradeço".

Se aparecer uma charge

Se houver uma charge deve-se tomar muito cuidado para não descrever a charge. Alguns alunos confundem a interpretação com a descrição. São posturas diferentes. O aluno deve interpretar o que ele entendeu daquela charge. Lembrando sempre que as grandes ferramentas utilizadas pelos cartunistas são a ironia, a ambiguidade, o paradoxo, etc.

Assuntos polêmicos que podem cair

- O papel da mulher no Brasil (a importância da presença de mulheres em funções de destaque, como a presidente Dilma, várias ministras, etc.).- A marcha a favor da maconha e a possível legalização das drogas.- A decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a legalização da relação homoafetiva.- O Código Florestal.- A ausência de setores importantes da sociedade e dos próprios cidadãos nos atos contra a corrupção.- A construção da Usina de Belo Monte.- As redes sociais.- A Mobilidade Urbana.- Outros temas de atualidade.

Sobre o uso de parágrafos

Como o espaço é pequeno (o aluno deve redigir de 8 a 12 linhas em cada uma das propostas temáticas) a UFPR permite que o aluno escreva o texto em um parágrafo único. Mas o candidato pode dividir o texto em parágrafos se ele quiser. O professor insistiu ainda na importância de evitar a "frase única", "parágrafo único não é sinônimo de frase única", alertou.

Sobre o "resumo"

O resumo é uma paráfrase, ou seja, o candidato deve reescrever o texto com as palavras dele. Ele precisa lembrar que está resumindo um texto de alguém e é importante que ele cite o autor e não copie textos, este é o segredo do resumo.

Uma das preocupações dos corretores da prova da UFPR, repetiu o professor, é que o aluno não copie o texto. É interessante, animou o professor, ver os critérios adotados na correção da prova no ano passado.

Sobre a "transposição"

É passar do discurso direto para o indireto ou do direto para o indireto. Normalmente é do direto para o indireto. Nesse caso vai ter de seguir às regras da transposição: falar pelo personagem, observar que os verbos mudam; etc.

Cuidar também para não repetir muito o verbo "dizer" ou "falar", "fulano disse", "ciclano falou". Usar outros verbos ou formas de expressão, como "fulano fez referência", "em seguida considerou", etc.

Sobre a "narração"

Ninguém se surpreenda que apareça uma narrativa. Ela pode vir em forma de um relato de características jornalísticas ou da proposta de criação de uma paráfrase a partir de um texto famoso.

Sobre a "nova ortografia"

A regra antiga vale até 2013. Entretanto, é bom utilizar a moderna. A UFPR não pode tirar pontos do aluno se ele usou a ortografia antiga. Mas seria interessante usar já as novas regras.

Uso de título

A princípio é melhor não colocar título, porque não tem espaço. Se a UFPR quiser um título, isso virá expresso na pergunta.

Veja o chat na íntegra.

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