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Colégio Estadual Avelino Antônio Vieira: alunos preparam fanfarra com o auxílio do professor de Música | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Colégio Estadual Avelino Antônio Vieira: alunos preparam fanfarra com o auxílio do professor de Música| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Resgatar valores esquecidos, defender o amor à pátria e o orgulho pela sua escola. É com essa meta que a diretora do Colégio Estadual Avelino Antônio Vieira, Tânia Mara Cordeiro, vem preparando seus alunos para se apresentarem no desfile cívico-militar de 7 de Setembro, que começa às 9 h do feriado, na Avenida Cândido de Abreu (Centro Cívico). Os estudantes do Avelino se juntam aos de outras 24 escolas, municipais e estaduais, que estarão presentes no que é definido pelo governo estadual como "o mais importante evento" dentro da Semana da Pátria.

Para a diretora, a possibilidade de o colégio participar do desfile veio bem a calhar, num momento em que percebe na maioria dos estudantes a total falta de contato com símbolos pátrios. "Muitos não tinham noção do que era o Hino Nacional, não tinham a mínima ideia de como se portar", diz. Tânia conta que, no começo dos ensaios, houve indisciplina, mas aos poucos os jovens foram gostando da ideia. "Eles estão felizes, foram abraçando o projeto. É uma questão de hábito", diz.

Para ajudar na apresentação, a diretora reconhece a importância do "incansável" professor de Música Wellington Tavares, que organizou uma fanfarra para o evento. Dos 84 alunos do colégio que desfilarão no 7 de Setembro, 30 carregarão um instrumento de percussão – e, como a reportagem presenciou, farão uma performance notável, sem sair do compasso.

A diretora conta que a fanfarra, cujos ensaios ocorrem no contraturno, foi uma "bênção" para amenizar problemas disciplinares. "Alguns alunos, que eram terríveis, entraram no grupo e estão se empenhando", afirma. O professor Tavares chama a atenção para a função social do projeto, já que alguns de seus alunos vêm de famílias desestruturadas. Com as aulas de música, podem ganhar formação cultural e cívica, em vez de ficarem na rua. "Tocando junto, aprendem a respeitar o outro", diz.

Efeito

A resposta aos preparativos para o desfile foi tão boa que o colégio estuda passar a executar o Hino Nacional uma vez por semana, com os alunos acompanhando a letra em fila. "Apesar de termos problemas sociais, devemos nos orgulhar de nossa pátria e lembrar os que lutaram para que hoje vivamos numa democracia. Tentamos passar esses ideais para os estudantes", afirma Tânia.

A aluna Sheyla Padilha, 10 anos, garante que aprendeu a letra do hino inteiro, embora confesse que a tarefa foi difícil. Quando ficou sabendo que o governador do Paraná a veria desfilando, a menina sentiu a responsabilidade. "Dá um pouco de vergonha, mas é legal", diz. Já a estudante Bárbara Barbosa, 14 anos, entrou para a fanfarra na última hora. Ela faz aniversário justamente no Dia da Independência e quer fazer uma bela apresentação em homenagem a seu pai, que acabou de conhecer. "Em um só dia, já aprendi a tocar a caixa", afirma.

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