• Carregando...
Maria Inês Fini, presidente do Inep, em evento em Curitiba | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Maria Inês Fini, presidente do Inep, em evento em Curitiba| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A edição de 2018 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deverá dar mais ênfase às questões das disciplinas de português e matemática, afirmou Maria Inês Fini, presidente do Inep, órgão do Ministério da Educação responsável pelo Enem, em simpósio realizado no Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR), em Curitiba, nesta terça-feira (25). Segundo ela, o exame deverá dialogar com o novo ensino médio, em que as únicas disciplinas obrigatórias para os três anos são Matemática e Língua Portuguesa.

LEIA TAMBÉM:

Taxa de inscrição para o Enem 2017 será 20% mais cara

Enem 2017 será realizado em dois domingos; veja as datas

Com a reforma desta etapa de ensino, já sancionada e à espera do lançamento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio, previsto para o segundo semestre, a carga horária dos três anos do ensino médio será composta à escolha do aluno em cinco áreas: linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza, ciências humanas e sociais e formação técnica e profissional. Essa divisão deve também se refletir no formato do Enem 2018, afirma Maria Inês. “Mas não faremos uma prova para cada um desses itinerários”, adiantou. “O que vamos cobrar das áreas é a parte comum que está na base”, contou.

Grande crítica do ensino médio como está e do atual modelo do Enem, a presidente do Inep planeja redirecionar o foco. “Nós vamos inaugurar um novo ciclo do Enem olhando para o ensino médio, e não apenas para o acesso ao ensino superior, que foi esse monstro que ele [o Enem] se transformou”, pontuou. “[Hoje] O exame não avalia competências e habilidades. Ele avalia uma lista de conteúdos à escolha de uma comissão de professores da universidade, absolutamente aleatória”, completou.

Saeb

No evento, Fini também comentou os motivos pelos quais o Enem vai deixar de ‘ranquear’ as escolas por desempenho. Isso ficará a cargo do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que antes fazia o ranking por estado. O Saeb, que avaliava os alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental, passa a avaliar também este ano os alunos do 3º ano do ensino médio em escolas que tenham a partir de dez alunos.

As escolas particulares que optarem por fazer a prova pagarão uma taxa que varia de R$ 400 a R$ 4 mil, dependendo do número de alunos. A estimativa, disse a presidente do Inep, era atingir mais de 7 milhões de alunos e 155 mil escolas em todo o país.

As provas do Saeb serão aplicadas entre 23 de outubro e 3 de novembro. A data não foi escolhida por acaso. “O Saeb vai ser o simulado do Enem para os estudantes do ensino médio”, afirmou a presidente do Inep.

Sisu

Maria Inês Fini também garantiu que já tem se antecipado a um possível impacto no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), pelo qual as universidades oferecem vagas a quem participou do Enem. “Não vamos prejudicar os alunos com o Sisu. Eu já estou me reunindo com as associações de ensino superior para alinhar isso”, contou.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]