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Youtuber Lorenzo Franco apresenta manobras com fidget spinner: popularidade repentina | Reprodução / YouTube
Youtuber Lorenzo Franco apresenta manobras com fidget spinner: popularidade repentina| Foto: Reprodução / YouTube

Você pode não saber do que se trata, mas seu filho provavelmente sabe – ou descobrirá em breve: os fidget-spinner têm se tornaram populares entre as crianças fora do país, e já ganham adeptos no Brasil. O pequeno brinquedo  é aconselhado para crianças com dificuldade de se concentrar. Escolas da Europa e dos Estados Unidos, entretanto, estão proibindo os fidget spinners sob o argumento de que eles causam distração em sala – e podem ser perigosos.

Um fidget spinner é pequeno o bastante para caber no bolso. Com um rolamento no meio e três extremidades que giram rapidamente quando movidas, ele pode ser feito de vários tipos de material, como plástico ou aço .

Os fidget spinners são comumente usados como redutores do estresse pra pessoas que não conseguem permanecer sentadas, e algumas fabricantes apelas diretamente às crianças que têm dificuldade de se concentrar na sala de aula. Alguns fazem barulho quando giram; outros não. Inventado mais de uma década atrás, o brinquedo repentinamente se tornou muito popular. Na internet, vídeos com centenas de milhares de visualizações – feitos, inclusive, por brasileiros – ensinam a fazer diferentes truques com o fidget spinner. 

Mas escolas e professores em estados americanos como Virgínia, Nova York, Illinois e Flórida estão banindo os fidget spinners da sala de aula, ao mesmo tempo em que outras estão retirando os brinquedos de crianças que aparentem estar muito distraídas por eles – ou distraindo as demais crianças. De acordo com o site Working Mother, escolas em pelo menos onze estados baniram os brinquedos e outros provavelmente farão o mesmo. 

Em 24 de abril, a escola Carrol Gardens for Innovation no Brooklyn/MS 442, em Nova York, fez esta postagem na sua página do Facebook, refletindo a preocupação de outras escolas: 

“Apesar de aparentemente inofensivos, esses itens estão sendo usados durante a aula, causando distração a estudantes e funcionários. Eles também estão sendo arremessados durante a transição ente as aulas, no pátio, da sala de aula ou na direção dela, no refeitório e durante o recreio. Eles são de tamanho pequeno, mas podem machucar alguém seriamente. 

Em um esforço para evitar que alguém se machuque, nós precisamos proibir oficialmente esses fidget spinners em nossa escola. Por favor, discuta este assunto com seu filho, como nós fizemos, para que ele entenda quão importante é que todos os estudantes e funcionários permaneçam seguros na MS 442. Nós vamos pedir ao seu filho que entregue o item para um adulto se ele for trazido para a escola e, nesse caso, um funcionário vai lhe telefonar para lhe alertar da situação. Por favor, saiba que se o seu filho tem um problema sensorial e precisa de um fidget, nós tomaremos conta disso”. 

Na Virgínia, uma petição se iniciou na plataforma change.org para convencer a administração da Holam Middle School, na cidade de Glen Allen, a reverter uma proibição imposta aos fidget spinners. Um estudante que assinou a petição escreveu: “Estou assinando porque os fidget spinners ajudam e precisam ser liberados. Eles te ajudam a ficar acordado durante a aula”. 

Outro aluno escreveu: “Eu acho que é importante porque algumas pessoas precisam usar o fidget spinner quando estão entediados. Por favor, considere nossa petição”. 

Aparentemente nem todos os estudantes se sentem da mesma forma. Na Churchill Academy, na Inglaterra, onde os brinquedos também estão sendo banidos, o diretor Chris Hildrew publicou no Twitter que uma garota de 7 anos escreveu uma carta a ele pedindo a proibição dos fidget spinners, de acordo com uma reportagem do Telegraph. Ela escreveu: “Quando você está tentando focar no seu trabalho, tudo o que você ouve é ele girando e girando. Se alguém perto de você tem um fidget spinner você meio que é atraída por isso porque eles estão tentando fazer truques e todo mundo está olhando. Isso significa que eu não estou fazendo o meu melhor no meu trabalho, então eu produzo menos”.

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