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O WeDo, uma das principais  atrações da versão 2016 do kit educacional da Lego. | Divulgação/Lego Education
O WeDo, uma das principais atrações da versão 2016 do kit educacional da Lego.| Foto: Divulgação/Lego Education

Ainda pouco conhecida, a Lego Education, braço pedagógico da octogenária marca de brinquedos, tem se movimentado para levar seus kits educacionais e de robótica até professores e alunos brasileiros. Depois de romper com um parceiro até então exclusivo, que surgiu há 16 anos justamente para trazer ao País essa divisão voltada para estudantes de seis a 15 anos de idade, a empresa ampliou sua relação comercial com a MCassab, da família Cutait, e deve anunciar nos próximos dias um novo contrato de distribuição, desta vez com uma empresa de educação.

A ordem que chegou da Dinamarca, dada pelo diretor de mercados emergentes Jorgen Skov, é encontrar um novo parceiro com portas abertas em instituições particulares de ensino e, mais ainda, em secretarias de educação de grandes cidades. Assim, a empresa espera expandir das atuais 3 mil para 10 mil o número de escolas que adotam a solução da Lego como suporte ao conteúdo de aulas de linguagem, física e matemática.

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“Nossa meta é chegar a 5% das escolas brasileiras até 2018. Isso dá 10 mil escolas”, diz Roberta Baldivia, responsável pela Lego Education no Brasil. “Queremos repetir o tipo de contrato que fechamos com o governo de Recife, para fornecimento em toda a rede municipal de ensino”, afirma.

Contratada há três anos para desenhar a expansão, a executiva vê no processo de distribuição o principal obstáculo para popularizar os kits montáveis nas escolas. Em fevereiro ela recebeu aval para romper com a Zoom Education, criada há 16 anos por Victor Barros depois que o empresário conheceu a Lego Education no exterior. Na semana passada, parte da operação foi entregue para a MCassab, controlada pelos irmãos Cutait, que distribui os brinquedos da Lego desde 2004.

Nos próximos dias, a Lego – que mantém um escritório e 28 funcionários em São Paulo – também deve anunciar mais uma distribuidora, desta vez um nome com know how no meio pedagógico. Duas empresas seguem em negociação. “Conhecemos bem a Lego, mas é verdade que (a MCssab) não tem experiência no setor de educação. Vamos começar do zero”, reconhece Robério Esteves, diretor da Mcassab.

Por parte da Lego, o discurso de novos distribuidores, na prática, é bem mais do que isso. Os novos parceiros ficarão responsáveis por importar, desenhar um plano de ação, cuidar da venda, da logística e de treinar os professores que utilizarem os mais de 100 kits educativos do catálogo da empresa dentro da sala de aula. “Nossa divisão está em 90 países e o Brasil era o último a ter um parceiro exclusivo”, conta Roberta.

Para além da definição de novos parceiros, outro desafio histórico para ampliar o mercado educacional para a empresa é o preço. Um dos principais produtos, o kit para montagem de robôs Ev3, que conta com blocos de Lego, motores e sensores, é vendido a R$ 2,4 mil.

No início do ano, a empresa fez o lançamento mundial do Wedo, versão mais econômica e que deve chegar ao País em junho por R$ 1.150. “Em 2014 a gente baixou em 40% o preço de todos os produtos. Desde então, a matriz decidiu assumir o custo da variação cambial, para não repassar as altas de câmbio. Nossa percepção é que, neste momento, estamos com o preço mais baixo possível”, diz Roberta.

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