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O ambiente universitário é tido por muitos como um local de aprendizagem, que tem o intuito de promover a formação profissional e científica. Também é visto como um local de pesquisa nas principais áreas do saber humanístico, tecnológico e artístico, e a divulgação de seus resultados à comunidade científica mais ampla. Mas o feminismo militante tem objetivos bem diferentes. 

O discurso feminista tem ganhado mais força dentro das universidades desde o primeiro mandato de Dilma Rousseff, que foi uma das promotoras da agenda feminista no Brasil – nem sempre diretamente, mas com uma constância maior do que os outros presidentes. 

Hoje, o que as universidades entendem por “pensamento crítico” é ir contra o que conhecemos por sociedade ocidental e seus três pilares: o direito romano, a filosofia grega e, principalmente, a moral judaico-cristã, tida como “machista e patriarcal” pelas feministas. 

Quando um aluno entra numa universidade pela primeira vez, ele enfrenta realidades que nunca havia encontrado antes. Jovem como é, está sempre à procura de modelos a seguir, seja na música, na moda, na televisão ou até dentro de sala de aula. 

Os professores têm uma influência enorme na vida de seus alunos, e sabem disso. Os bons usam dessa influência para incentivar seus estudantes a serem melhores profissionais, enquanto os maus professores incentivam seus alunos a lutarem contra suas famílias, suas crenças pessoais, suas ideologias. E se algum aluno ousa se opor, é maltratado, exposto das maneiras mais absurdas e até expulso. 

Muitas meninas são atraídas pelo feminismo nessa época. Elas são iludidas pelo falso pretexto de que vivem em um ambiente machista, controladas por uma sociedade patriarcal. Passam a acreditar que têm uma dívida de gratidão com as feministas do passado, já que, se não fosse por elas, “as mulheres não teriam direito ao ensino”. 

Mas não é verdade: a escola, por exemplo, se tornou acessível à população em geral por causa da igreja, especialmente após a reforma protestante. 

Sobre o direito a voto, a história também não é bem contada. A primeira onda das feministas chamava de direito o que era um privilégio. Para votar, o homem tinha que passar, dentre outras coisas, pelo serviço militar obrigatório – algo que as mulheres não precisavam e até hoje não precisam fazer. 

Desde o início, as feministas querem os bônus, mas não o ônus. Queriam direito a voto mas não queriam servir no exército. Queriam a liberdade sexual sem ter a responsabilidade sexual que deve vir junto. 

Elas afirmam que a mulher só vai ser livre quando não depender de um marido, um pai ou um filho – quando ela for uma pessoa sem família. É um conceito de liberdade ilógico. 

 Recrutar garotas para se juntar aos coletivos feministas universitários é fácil porque usa-se do descontentamento comum

Mentiras

Essas mentiras são incutidas nas cabeças de meninas em fase de formação intelectual. Meninas que querem fazer parte de algo e que encontram em seus professores modelos a serem seguidos. Recrutar garotas para se juntar aos coletivos feministas universitários é fácil porque usa-se do descontentamento comum: você já ouviu de seu pai que sua saia é curta demais; você já recebeu uma cantada na rua mesmo estando de moletom; se seu pai dá conselhos diferentes ao seu irmão e a você, entre outras frases que vão ao encontro da realidade de muitas meninas. 

Dentro dos centros acadêmicos, existe um total controle sobre essas meninas. Elas são levadas a acreditar que sua beleza é algo nocivo, que seu cuidado consigo é pressão do patriarcado para que se consiga um marido. Elas são incentivadas a “experimentar a liberdade”, mas não conseguem perceber que esse falso entendimento da liberdade as tem cegado de tal maneira que elas se tornam irreconhecíveis para suas famílias, para seus amigos, para si mesmas. 

Mas assumir isso é ir contra essa nova persona que elas adquiriram com muito choro (força-se a ideia de que elas sofreram as maiores atrocidades, mesmo que aquilo nunca tenha acontecido com elas; por ter acontecido com ‘uma conhecida’, a dor de uma se torna de todas), com sangue (menstrual) e grito (algo constante em suas performances). 

Para que elas sejam vistas como feministas, elas têm que provar que estão fazendo por merecer “a morte de suas antecessoras” (frase que ouvi durante uma tentativa de dar uma palestra em um ambiente universitário). Feministas, como todos os coletivistas, precisam andar em bando, chocar a sociedade com suas reivindicações cada vez menos relevantes (apesar de as reivindicações feministas nunca terem sido válidas). Confundir privilégio com direito mostra quão desonesto é o movimento feminista desde sua origem. 

O ambiente universitário, que era para ser um espaço de aprendizado e de aperfeiçoamento profissional, tornou-se um verdadeiro circo de horrores dos floquinhos de neve (gíria carinhosa que mostra quão frágeis eles são). Não existe mais o debate de ideias, nem o respeito ao próximo, a não ser que o outro não ouse ofender o colega sensível com comentários como “não sou feminista”. 

As universidades brasileiras, principalmente muitas das federais, se transformaram num antro de drogas, orgias e depredações. Não existem mais espaços de aprendizagem, existe espaços de “desconstrução social” e de pouquíssimo respeito ao dinheiro do contribuinte, já que, para muitos alunos, público quer dizer sem dono. 

Histórico

Listarei a seguir algumas das manifestações promovidas dentro de universidades brasileiras nos últimos anos, todas com a participação de grupos feministas e bancadas com o dinheiro do pagador de impostos que acreditou no conto de que está ajudando a promover a educação dos jovens brasileiros. 

Em 2014, a Universidade Federal Fluminense (UFF) promoveu um evento chamado de “Corpo e Resistência — 2º Seminário de Investigação & Criação do Grupo de Pesquisas CNPq Cultura e Cidade Contemporânea”. Depois do evento, houve uma festa intitulada de Xereka Satânik, cujo intuito foi promover orgias lésbicas, bebedeira, uso de drogas, um ato de costura vaginal e um ritual satânico dentro da Universidade. O evento teve o aval da reitoria e foi aplaudido por docentes da universidade. 

Também em 2014, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), uma estudante seminua (usava tapa-sexo) realizou uma manifestação dentro do campus usando uma focinheira. Como o ato foi considerado uma manifestação “artística”, ela não foi impedida de andar de quatro pelo ambiente universitário de focinheira e com os seios à mostra. 

Em 2015 a Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) promoveu o Simpósio Sobre Gênero e Diversidade. Uma de suas oficinas levava o título de “Oficina de Siririca e Chuca” (masturbação feminina e lavagem anal). Depois das críticas o nome foi alterado para “Roda de Conversa Chuca e Siririca: um diálogo sobre o corpo, interdições e descobertas”. 

Em outubro de 2015, na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) o coletivo feminista Grupo Auto Organizado de Mulheres da UFPel organizou uma manifestação com ode falar sobre a violência contra a mulher. Como foi feito isso? Vinte estudantes se juntaram, promoveram palavras de ordem ao som de batucadas, usaram drogas, se embebedaram, tiraram suas roupas, se masturbaram nas escadarias da Universidade, urinaram em baldes e jogaram sua urina nas paredes dos prédios e impediram os alunos de ter aula, já que a universidade acabou por suspender as atividades por conta da manifestação. 

Ainda em 2015, feministas ficaram nuas em frente ao prédio da reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Elas cantavam e urravam gritos como “Fora Cunha”. 

Ataque

Em junho de 2017, fui vítima dentro desse ambiente hostil ao pluralismo de ideias. Fui convidada para dar uma palestra sobre feminismo por alunos da Universidade Federal de Goiás (UFG), mas acabei expulsa pelos coletivos feministas, que chegaram a promover caravanas para impedir a minha entrada na universidade, roubaram os equipamentos de som, colaram cartazes contrários à minha presença.  

O protesto contou também com a ajuda de uma professora que integra a diretoria da Faculdade de Direito da UFG. Mais tarde, ela afirmou em entrevista a um jornal local: “Sobre a expulsão, acho que foi um movimento dando um basta ao machismo, ao preconceito. Eu vejo como um afloramento do sentimento de revolta, por que foi a expulsão do machismo de dentro da faculdade de Direito, do ponto de vista simbólico”. Viva a pluralidade de ideias! 

O aliciamento dessas jovens para se juntarem à militância feminista tem prejudicado muitas vidas. Jovens que sonhavam com um futuro bom para si e suas famílias, que sonhavam em ter um diploma universitário, foram usurpadas de si mesmas por esses coletivos feministas que não promovem nada de bom e útil para a sociedade. 

O ambiente universitário deixou de ser um lugar de aprendizagem. Ele se tornou um antro de reivindicações fúteis e de depredação tanto pessoal quanto patrimonial. Entre em qualquer diretório acadêmico e se surpreenda com a imundice promovida por esses coletivos. Feminismo não liberta, ele escraviza. Feminismo não empodera, ele cega. Feminismo não é a solução, é o problema.

Thais Azevedo é professora de inglês e uma das administradoras da página Moça, não sou obrigada a ser feminista.  

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