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Após ler esse texto, pais que deixam os filhos pequenos muito tempo com aplicativos educativos no celular ou no tablet, sem mediação, ficarão incomodados. Pesquisa realizada com crianças de 2 e 3 anos nos Estados Unidos mostrou que os pequenos auxiliados pelos pais ou um adulto aprendem muito mais rápido a mexer nos meios tecnológicos e avançam nos conhecimentos propostos por eles. Mais: as crianças que não têm o apoio de um adulto nem sempre chegam a cumprir as tarefas determinadas ou a compreendê-las.

No estudo, 52 crianças entre 2,5 e 3 anos foram divididas em dois grupos. No primeiro, um dos exercícios propostos era que elas montassem um quebra-cabeças sem a ajuda de um adulto, apenas com a demonstração do que era necessário fazer – como ocorre na maior parte dos aplicativos educacionais bem elaborados do mercado. No outro grupo, os pais ou o pesquisador mostravam para a criança como o mesmo quebra-cabeças funcionava. Depois, ao serem convidadas para fazer a tarefa sozinhas, apenas as que tinham aprendido de um humano não tiveram dificuldades.

“O fato de ter alguém para mostrar como funcionava o quebra-cabeças, no lugar da demonstração do aplicativo, permitiu às crianças completarem a tarefa”, explicou Rachel Barr, professora da Universidade de Georgetown, em Washington, em uma entrevista para o MindShift. “Mas tirando o apoio dessa pessoa, deixando apenas a demonstração do aplicativo, o desempenho alcançado pela criança fazia com que parecesse que ela nunca tinha visto o quebra-cabeças antes”.

De acordo com a pesquisadora, há mecanismos que podem ser melhorados nos aplicativos educativos para que eles sejam mais eficientes nas funções cognitiva e de entretenimento – nos momentos em que os pais precisam de uma babá eletrônica. Mas para que a aprendizagem e o desenvolvimento da criança em vários aspectos se efetivem é necessário a interação, com melhores resultados ainda se há a transferência do conhecimento adquirido para a vida real.

“Vamos imaginar um aplicativo com um gato e você de fato tem um felino em casa. Quando aparecer a imagem do gato da tela, o pai pode dizer: ‘este é um gato como o nosso’”, explica Barr. “O importante é ajudá-las a fazer essas conexões que parecem óbvias para nós, mas realmente são mais difíceis para as crianças”.

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