• Carregando...
 |
| Foto:

Escolas aguardam orientação

O Colégio Estadual Pio Lanteri, no Uberaba, está entre os 405 estabelecimentos que abrigam um Centro de Língua Estrangeira Moderna, há quatro anos. Um professor é o suficiente para ensinar os 100 alunos, de todas as séries, matriculados nas aulas de espanhol.

Leia a matéria completa

Aprender espanhol não é uma opção para os alunos de mais da metade das escolas estaduais de ensino médio do Paraná. Essa distância de vocabulário entre os paranaenses e os vizinhos do Mercosul tem prazo para ser encurtada: um ano. É o tempo que as instituições públicas e particulares de todo o país ainda têm para oferecer o idioma às turmas de ensino médio, de acordo com a lei federal assinada em 2005.

Hoje, o espanhol faz parte da grade curricular normal de 112 escolas estaduais do Paraná, menos de uma em cada dez da rede pública. O contato dos estudantes com o idioma tem acontecido principalmente nos Centros de Língua Es­­tran­­geira Moderna (Celem), que funcionam no contraturno em 405 estabelecimentos de ensino do estado. Mesmo que os Celem sejam contabilizados, a língua de Cervantes permanece fora do alcance de quem frequenta 708 escolas públicas de ensino médio – ou seja, 57,8% das 1.225 existentes.

Para cumprir a lei, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) se adiantou, lançando um concurso para professores de espanhol em 2004, ao qual se seguiu uma segunda seleção, em 2008. No total, 306 profissionais foram convocados a atuar no ensino médio.

A Seed ainda não sabe se o número de professores será suficiente. Primeiro, depende da orientação do Conselho Estadual de Educação (CEE), sobre a oferta das aulas. É o CEE que vai decidir se o espanhol precisa ser ensinado na matriz curricular ou é possível ofertá-lo fora do currículo, como vem sendo feito no Celem. A definição deve ser discutida na próxima reunião do Conselho.

Outro fator variante é a procura. A nova legislação obriga as escolas a oferecerem as aulas de espanhol, mas deixa os alunos livres para escolherem qual segunda língua preferem, no caso de haver mais de uma disponível. É necessário, portanto, es­­perar o mo­­mento da matrícula, quando essa es­­colha é feita, para saber quantas turmas serão formadas. "Não dá para fazer essa previsão agora. A questão de ser obrigatório para as escolas mas facultativo para os alunos é um complicador", diz Mary Lane Hu­­tner, chefe do Departamento da Educação Básica da Seed.

Caso faltem profissionais, a Seed pretende recorrer ao Processo Simplificado de Seleção (PSS). "Com o chamamento de outros professores que está para acontecer no segundo semestre, e a produção da terceira edição do livro didático em espanhol, teremos como disponibilizar as aulas em todas as escolas do ensino médio", espera a professora.

O material didático voltado aos alunos foi enviado às escolas estaduais no fim de 2006, acompanhado de dez livros teóricos incluídos na Biblioteca do Pro­­fessor. Mais 23 mil dicionários de espanhol-português estão sendo comprados para suprir a demanda do próximo ano.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]