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O SESI de Pato Branco (PR) iniciou um processo de compra para adquirir itens de sex shop. A entidade, que mantém uma escola de ensino médio na cidade, abriu concorrência para adquirir os produtos com a justificativa de usá-los em “aulas de sexologia”.

Esta é lista de compras do edital 0044/17 do SESI do Paraná: um pênis de borracha (com 25 centímetros, “da marca Prazer e Cia ou similar”), uma vagina de borracha (“com 25 centímetros penetráveis por vibrador”, da marca “Flower Fairy Pussy ou similar”) lubrificante sexual e cinco bolinhas de pompoarismo (da marca “Sexy Fantasy ou similar”).

O valor previsto para os itens é de R$ 175. O prazo para os lances se encerra na quarta-feira.

O SESI (Serviço Social da Indústria) é uma entidade privada sem fins lucrativos, financiada com recursos pagos de forma obrigatória pelas indústrias. Apesar disso, a entidade está sujeita à fiscalização de órgãos públicos, como a Controladoria Geral da União e o Tribunal de Contas da União.

Justificativa

À Gazeta do Povo, Lilian Luitz, gerente dos colégios Sesi no Paraná, explicou que os itens de sex shop a serem adquiridos via edital serão utilizados nas aulas de sexologia, dentro da programação das aulas de Biologia, a partir de uma visão científica. E que o assunto é parte do currículo escolar. As aulas serão ministradas a alunos do ensino médio, com idades a partir dos 14 anos, e os materiais só serão apresentados com a presença da professora da matéria e de um psicólogo ou médico ginecologista. 

“Houve um interesse dos alunos. A professora de Biologia achou por bem trazer o tema à tona com objetivo de trabalhar a prevenção da gravidez na adolescência e a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis”, explica. 

Lilian informa ainda que o Sesi conta com um projeto chamado Sesi Amigo e Sesi Amiga. Por ele, os alunos estudam sobre diversos temas relacionados à sexologia para poder transmitir conhecimento a colegas que ainda não têm informação. Pelo projeto, meninos falam apenas com meninos, enquanto as meninas, com suas colegas, sempre acompanhados pela professora e um médico, enfatiza a gerente. 

“De uma forma científica, [o objetivo] é apresentar o tema aos alunos, para que seja possível reverter índices de gravidez precoce e DST nas escolas”, complementa. Segundo Lilian, o Sesi entende que a conversa entre alunos sobre determinado tema faz diferença, e lembra que a unidade de Pato Branco não tem registrado, nos últimos anos, casos de gravidez entre adolescentes. 

O projeto Sesi Amigo e Sesi Amiga é realizado há cerca de cinco anos e, de acordo com a gerente, já fazia uso de itens como pênis e vagina de borracha para tratar do assunto dentro das conversas sobre sexologia.

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