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Refrigerante, pizza e lasanha não podem faltar na geladeira de Jonny Fabrício Novak. | Marcos Borges / Gazeta do Povo
Refrigerante, pizza e lasanha não podem faltar na geladeira de Jonny Fabrício Novak.| Foto: Marcos Borges / Gazeta do Povo

Família é a salvação para comer melhor

Os períodos em que os jovens que moram sozinhos se alimentam melhor são: quando vão para a casa da família ou quando os pais vêm visitá-los. Muitas mães costumam cozinhar e ajudar nas tarefas domésticas durante o tempo de visita e não esquecem de deixar comidas prontas que possam ser congeladas na hora de ir embora.

O estudante de Direito da PUCPR Jonny Novak está entre os privilegiados. A cada três ou quatro meses, sua mãe faz uma visita e aí o tratamento é especial. Além de ter comida boa e saudável, a alegria dura um pouco mais mesmo quando ela vai embora, pois um estoque de boas opções fica no congelador.

Outra forma de ter uma alimentação mais controlada é estar perto dos irmãos. A acadêmica de Medicina Veterinária da Faculdade Evangélica Francielle Paredes mora com dois irmãos mais velhos. Os três não comem macarrão instantâneo nem pratos congelados e tentam, inclusive, cozinhar em casa. "O mais tranquilo que fazemos é tomar café com pão à noite. Mesmo assim, procuramos fritar um bife ou um ovo junto. Nada de usar coisas prontas", diz.

Macarrão instantâneo, lasanha e outros pratos prontos congelados, muito pão e refrigerante. Esses são os campeões das geladeiras e despensas dos universitários que moram sozinhos, longe da família. A falta de tempo e a inexperiência na cozinha são alguns dos motivos que afastam os jovens das refeições saudáveis e os empurram para comidas práticas.

Estudante do 3.º ano de Direito da PUCPR, Jonny Fabrício Novak se enquadra nesse perfil. Há três anos morando longe de casa, ele se vira como pode. Arroz, feijão e carne só vê nos restaurantes por quilo. Em casa, ele é adepto daquilo que dá menos trabalho, como lasanha de micro-ondas, pizza congelada e refrigerante. "No começo também comia muito macarrão instantâneo, mas depois de um tempo enjoei e agora não posso mais chegar perto", conta.

Com uma alimentação assim por tanto tempo, difícil se manter saudável. Jonny já teve uma anemia e até problemas gástricos. Chegou a ir ao médico e sabe que precisa se cuidar, mas, com a correria diária e a mãe em Telêmaco Borba, nos Campos Gerais, frutas e verduras nem sempre estão na lista do mercado.

Novak não é uma exceção. A alimentação saudável é algo muito distante da maioria dos universitários. Uma pesquisa feita em setembro pelo Departamento de Educação Física da UFPR mostrou que a grande maioria não consome frutas (92,1%) nem verduras (80,3%), mas inclui muito doce na dieta (69,8%).

Para facilitar

De olho nesse público, alguns mercados de Curitiba até modificam a disposição das prateleiras pensando naquilo que é mais procurado pelos clientes. O Mercadorama da Rua XV de Novembro é um exemplo. A entrada da loja dá direto no corredor de molhos e massas instantâneas, a geladeira de congelados ocupa mais espaço e tem uma quantidade maior de lasanhas. "Eles são os nossos campeões de venda. Estão sempre em primeiro lugar no ranking", diz o gerente da unidade, Josimar Xavier de Araújo.

Por estar próximo da Reitoria da UFPR e de três casas de estudantes, o maior público da loja é formado por universitários. "Essa é a lógica de todos os mercados da rede: pensar no perfil do público da região. No nosso caso, damos destaque para as comidas de preparo rápido, como macarrão e congelados", explica Araújo.

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Vida e Cidadania | 1:36

Varejistas organizam seus produtos para atender universitários que moram sozinhos e optam por comidas rápidas e práticas.

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