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A Suprema Corte já havia considerado a ação de Abigail Fisher (foto) em 2013, mas devolveu à instância inferior para aguardar análises mais rigorosas do caso | YouTube/Reprodução
A Suprema Corte já havia considerado a ação de Abigail Fisher (foto) em 2013, mas devolveu à instância inferior para aguardar análises mais rigorosas do caso| Foto: YouTube/Reprodução

Em uma decisão incomum, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta quinta-feira (23) que o sistema de cotas raciais utilizado na Universidade do Texas é constitucional. A determinação pode ter implicações em outros programas de admissão em instituições públicas.

O anúncio surpreendeu tantos os críticos quanto os favoráveis à ação afirmativa, já que nas últimas deliberações o tribunal recorreu ao direito à igualdade de todos perante a lei para brecar outros sistemas de cotas raciais. A votação terminou em 4 a 3.

A Suprema Corte analisou a apelação de Abigail Fisher, uma estudante que afirma ter sido rejeitada por ser branca. Na Universidade do Texas, o número de afro-americanos quase duplicou de 2004 a 2007 graças à ação afirmativa adotada. A Suprema Corte já havia considerado o caso em 2013, mas devolveu à instância inferior para aguardar análises mais rigorosas do caso. Fisher apelou, o que levou à votação desta quinta. “Estou desapontada com a Suprema Corte por decidir que os estudantes podem ser tratados de forma diferente por sua raça ou etnia; espero que a nação, um dia, vá além da ação afirmativa”, disse a estudante por nota.

O presidente Barack Obama elogiou a posição da Suprema Corte. “A diversidade é um valor importante para a nossa sociedade, não somos um país com resultados iguais, mas nos esforçamos para dar as mesmas oportunidades a todos”, disse.

O reitor da Universidade do Texas, Gregory Fenves, disse que estava “emocionado e satisfeito” com a decisão.

O juiz relator, Anthony Kennedy, votou a favor do sistema de cotas raciais. Ele foi acompanhado pelos juízes Ruth Bader Ginsburg, Stephen Breyer e Sonia Sotomayor.

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