A curitibana Taciana Pereira, 18 anos, acaba de engrossar a lista dos brasileiros que conquistaram uma vaga na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, uma das mais prestigiadas instituições de ensino superior do mundo. Depois de enfrentar uma árdua preparação, ela passou também em outras cinco universidades norte-americanas, com direito a bolsas de estudo em todas elas. Simples, alegre e direta, a estudante diz acreditar que, com esforço e orientação, qualquer pessoa pode alcançar o mesmo mérito.
"Eu sempre acreditei que quem entrava em Harvard era uma pessoa fora do normal, um gênio. Com o tempo, pelo contrário, percebi que uma pessoa dedicada, disposta a estudar muito, a ficar algumas noites sem dormir, pode chegar a essa meta", garante Taciana.
Ela não sabia quase nada de inglês até a 6.ª série do ensino fundamental, quando conseguiu uma bolsa para estudar na Escola Internacional de Curitiba, onde todas as aulas são dadas nesse idioma. "No início, não entendia nada do que falavam. Aos poucos fui aprendendo e, depois de três meses, já compreendia tudo", conta.
Quando chegou ao ensino médio, com a ajuda do colégio, Taciana começou a se preparar para as etapas de seleção das universidades norte-americanas, que incluem diversas provas, cartas de recomendação, redações, entrevistas e a apresentação de um currículo com atividades extracurriculares.
Futuro
Diante de tanto estudo, a garota não abriu mão dos seus gostos. Amante dos esportes, ela joga futebol, basquete, vôlei e faz triátlon. Além disso, ela é idealista e participa de várias atividades sociais. De profissão, ela ainda não sabe se seguirá a carreira em Física, Engenharia ou algo direcionado à energia nuclear, mas de uma coisa está certa: quer trabalhar para ajudar as pessoas e contribuir para um mundo melhor.
Número de brasileiros cresceu em dez anos
Atualmente, 85 brasileiros estudam na Universidade de Harvard, conforme o último levantamento da instituição. Nos últimos dez anos, esse número cresceu 25% em 2003, eram 68 brasileiros. Apesar de essa participação ser pequena em relação à quantidade total de acadêmicos da universidade cerca de 21 mil , quem já estudou em Harvard ou ajuda outros brasileiros a ingressar nela acredita que esse número deve aumentar ainda mais nos próximos anos.
"O fato de ser brasileiro não é empecilho para conseguir uma vaga. Na seleção, os corretores se importam mais com as notas e o perfil do candidato, como ter o inglês fluente, ir bem nas provas, fazer trabalhos comunitários ou ser atleta", explica Cláudia Lebiedziejewski, diretora do programa brasileiro do Escola Internacional de Curitiba. A melhor fonte de informações sobre o processo é o site da própria universidade.
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