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Thiago Focht se interessou pela possibilidade de atuação em diversos ramos | Walter Alves/Gazeta do Povo
Thiago Focht se interessou pela possibilidade de atuação em diversos ramos| Foto: Walter Alves/Gazeta do Povo

Veja alguns detalhes da Engenharia Industrial Madeireira:

Somente homens fazem o curso?

FalsoO número de mulheres nas salas de aula tem aumentado. Em União da Vitória, por exemplo, elas são 30%. Não há distinção entre homens e mulheres no mercado de trabalho, de acordo com o coordenador do curso na Uniuv, Peterson Jaeger.

Além da Matemática, é importante que o aluno se interesse por Química e Física.

VerdadeiroAssim como as outras áreas da engenharia, é necessário o conhecimento e o gosto pelas Ciências Exatas. A Matemática é a base de tudo, mas é importante que o aluno tenha afinidade com a Química e a Física, já que ele pode atuar também na produção de papel e celulose.

À primeira vista, o nome do curso causa estranheza: Engenharia Industrial da Madeira. Tem quem ache que o profissional é uma espécie de marceneiro graduado, que vai trabalhar a vida toda cortando madeira, ou quem confunda com um engenheiro florestal mesmo.

Mas a profissão, que foi criada no país em 1999, 40 anos depois do surgimento na Europa, vem conquistando importância no mercado de trabalho, principalmente industrial.

"A Engenharia Industrial Madeireira nasceu da necessidade de termos um profissional que saísse da faculdade com a formação específica para trabalhar no processamento e desenvolvimento industrial da madeira. Até então, os engenheiros florestais precisavam se especializar na área", explica Umberto Klock, coordenador do curso na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ele diz ainda que a procura por profissionais desta área é grande, por isso o mercado absorve boa parte dos alunos que saem da faculdade. "Não formamos profissionais para atuar somente em capitais. É crescente o número de engenheiros que vão para o interior do estado, outras cidades do país e para o exterior."

Inicialmente, o profissional é formado para atuar dentro das indústrias, na criação de novos produtos. Mas, por a formação ter também um caráter gerencial e tecnológico, as áreas de pesquisa, logística, gerenciamento de projetos, consultoria e comércio internacional da madeira têm crescido. Para o recém-formado Thiago Focht foi essa possibilidade de atuação em diversos ramos que chamou a atenção para o curso. "Hoje atuo na área de novas fronteiras florestais, com fornecimento da madeira. Mas na pesquisa de papel e celulose, apesar de ser uma área predominante da Engenharia Química, temos um desempenho importante por conhecermos a matéria-prima."

Thiago participou de um intercâmbio na França e afirma que é preciso que a área estratégica se desenvolva no Brasil, assim como é na Europa. "Foca­mos na área de processos e deixamos de lado a área gerencial de todo o trabalho. Acabamos não vendendo um produto com alto valor agregado, diferentemente dos países da Europa. Precisamos desenvolver a parte da pesquisa."

Demanda local

No Paraná, além da UFPR, a Universidade de União da Vitória (Uniuv) oferta o curso. Lá os alunos são na grande maioria funcionários da indústria local que, incentivados pelas empresas, buscam a graduação. "A região trabalha bastante com a produção de compensados de madeira", conta o coordenador do curso, Peterson Jaeger. Ele lembra, porém, que há alunos que acabam se dedicando ao setor administrativo e buscam trabalho em outros estados.

Ficha técnicaConheça mais detalhes sobre o curso e a profissão:

Onde estudarNo Paraná, o curso é ofertado somente pela UFPR e pela Universidade de Uniãoda Vitória (Uniuv).

MensalidadeR$ 550 da Uniuv.

Duração do curso5 anos.

DisciplinasQuímica Geral e Inorgânica I (1° ano), Anatomia e Identificação da Madeira (2º), Projetos de Indústrias Madeireiras ( 3º) Celulose e Papel (4º) e Gestão da Produção (5º) são algumas das matérias da Uniuv.

Mercado de trabalhoO profissional não precisa trabalhar necessariamente na indústria, com a produção de novos produtos. Boa partedos novos engenheiros têm buscado as áreas administrativas, de gestão e pesquisa. Há vagas de trabalho, também, em empresas especializadas na produção do maquináriopara a indústria madeireira.

RemuneraçãoO salário inicial é comum às outras áreas da engenharia, cerca de 7 salários mínimos, de acordo com Umberto Klock, diretor do curso na UFPR.

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