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Os dados do novo estudo feito pe­­la Secretaria Municipal de Saúde mostram não só a quantas anda a violência no trânsito, mas também o perfil das vítimas. De acordo com o levantamento, 81% dos mortos em decorrência de acidentes de trânsito são homens. A mortalidade masculina é ainda mais acentuada dependendo do tipo de acidente. Nos casos que envolvem motociclistas e ciclistas, como exemplo, o porcentual sobe para 94,6% e 96,4%, respectivamente.

O coeficiente de mortalidade masculina para o trânsito em Curitiba gira em torno de 35,9 a cada 100 mil habitantes. Já para as mulheres a taxa não passa de 7,7.

Segundo a professora Iara Thie­len, coordenadora do Núcleo de Psicologia do Trânsito da Universi­da­­de Federal do Paraná, "o comportamento masculino pode explicar esses números. São características mas­­culinas a agressividade, a im­­pul­­sividade, o cometimento de mais infrações", diz.

Em relação à idade, a maior parte das vítimas, porcentualmente, tem entre 20 e 29 anos. Já a taxa de mortalidade (que mede o número de mortes em grupo de cem mil habitantes) é alta nas populações mais idosas. De forma geral, a pesquisa aponta que entre os menores de quatro anos o maior risco é quando a criança está entre os ocupantes de automóveis. Na faixa etária de 10 a 14 anos sobressaem-se os atropelamentos. Entre 15 e 29 anos, as principais vítimas são os motociclistas. A partir dos 40 anos, os pedestres são as principais vítimas de acidentes de trânsito. Depois desta faixa etária, a elevação das taxas de mortalidade por atropelamento acompanha o aumento das idades. O que pode explicar este fenômeno é a fragilidade física própria da idade, diminuição dos reflexos e comprometimento do restabelecimento pós-traumático.

Os pedestres, aponta o estudo, são o elo mais fraco no trânsito e representam quase 40% dos óbitos registrados na cidade entre as vítimas de acidentes de trânsito.

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