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Registro de neve em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Registro de neve em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Muitos fatos deram o que falar no Paraná este ano. Entre coisas boas e ruins, apreciáveis e inquietantes, optamos por reunir alguns casos, no mínimo, curiosos, que chamaram a atenção dos paranaenses e acabaram repercutindo Brasil afora. Confira!

Nada discreto

Criar um banheiro arejado, que permita a entrada de luz solar, capaz de matar fungos, como o mofo, é importante em qualquer projeto arquitetônico. O problema é quando o banheiro se torna "aberto" demais, ou seja, fica totalmente transparente. Além de constrangedor, a proposta é pouco funcional. Em janeiro, uma obra nesse "estilo" gerou polêmica entre os moradores de Ponta Grossa, nos Campos Gerais.

Na época, foi parar na internet a foto de um banheiro no Conservatório Dramático Musical Maestro Paulino Martins Alves – que há pouco havia sido inaugurado – onde o vaso sanitário ficava completamente visível aos passantes. Isso porque as "paredes" seguiram o padrão arquitetônico de toda a edificação do novo espaço e foram levantadas em vidro azul. Apesar de o problema mais sério estar no piso térreo do conservatório, mictórios de dois banheiros do piso superior também podiam ser vistos de longe. Um dia depois da publicação da reportagem sobre o caso em nosso site, a empresa responsável pela construção do novo prédio aplicou uma película branca opaca para tampar a parede de vidro.

Com um problema resolvido, o prédio continua ainda com duas portas externas nos pisos superiores que se abrem para o nada.

Abram seus "guarda-aranhas"

Era para ser apenas o registro de um casamento, mas uma câmera filmadora na hora e no lugar certos fez com que o design de fotografias Érick Reis, de 20 anos, conseguisse registrar um fenômeno para lá de curioso – e, certamente, não tão agradável para algumas pessoas: uma chuva de aranhas em uma propriedade rural de Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro.

O caso foi gerado por causa da escassez de predadores naturais de uma espécie de aranha e a abundância de alimento para estes animais na região. Vivendo em árvores de médio porte, milhares de aranhas da espécie Anelosimus eximius, conhecidas também como tecedeira-sombria, construíram uma rede de teias entre cabos e postes de energia para capturar suas presas, normalmente insetos de médio porte.

O local fica à margem de uma estreita estrada rural, onde – por sorte – havia poucos moradores por perto. A picada dessas aranhas pode causar irritação e desconforto em adultos saudáveis, mas em crianças com menos de 4 anos, o veneno do aracnídeo pode provocar complicações e até choque anafilático.

Neve "visita" o Paraná

Foi um dia para ficar na história dos paranaenses, inclusive dos curitibanos. Mesmo acostumados com o frio rigoroso que toma conta da cidade durante o inverno, os moradores da capital passaram 38 anos sem ver um floco de neve cair sobre a cidade. E de repente chegou o dia. O entusiasmo (que era novidade para muitos) deixou o frio em segundo plano e os curitibanos saíram munidos de blusas, luvas, máquinas fotográficas e filmadoras para registrar esse momento tão inusitado, que durou aproximadamente dez minutos, mas foi suficiente para alimentar conversas por um longo tempo.

Mas não foi só Curitiba que presenciou o fenômeno. Outras 25 cidades no estado também ficaram com os campos parecendo paisagem de filme europeu. Apesar de muito bonito, a neve causou alguns transtornos. Em Guarapuava, uma das cidades onde mais nevou no dia, tetos de estabelecimentos cederam e o trecho da BR-277 que corta a cidade ficou interditado por um tempo.

Façam suas apostas

O caso foi parar até em rodas de apostas. Todos queriam saber, afinal, qual era a mensagem contida no manuscrito encontrado dentro de uma pequena garrafa que foi achada durante a retirada da estátua de Tiradentes, na praça de mesmo nome, para restauro. A garrafa estava tampada com uma espécie de rolha e aparentava estar no local há décadas, o que instigou a população curitibana. Nas redes sociais, os internautas se renderam aos palpites. As "apostas" foram as mais variadas: "um saco de pão da Padaria América"; "uma receita da Farmácias Minerva"; "o porco-cofre do Banestado" e "o mapa do tesouro do Pirata Zulmiro".

A resolução do enigma veio alguns dias depois, o que não significou a resolução total do mistério. Enfim, o documento encontrado no recipiente registra a mudança de lugar do monumento em 1932 e aponta para a existência de outra "cápsula do tempo" na base onde a obra de arte estava colocada anteriormente. Este pedestal, segundo o texto, fica a cerca de 30 metros de onde foi encontrada a garrafa aberta. O Prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, chegou a autorizar a Fundação Cultural de Curitiba (FCC) a localizar e retirar a segunda garrafa da Praça Tiradentes. Mas, após um período de pesquisa, a FCC desistiu de fazer a retirada. Segundo a instituição, já se sabe quais documentos estão enterrados na base da estátua de Tiradentes, o que não justificaria o trabalho de remover a cápsula do tempo.

Dinheiro pra quê?

Ninguém sabe ao certo o que aconteceu. O fato é que o ganhador do concurso 1510 da Mega-Sena, de Ponta Grossa, jamais apareceu para sacar o prêmio de R$ 22,9 milhões, sorteado no dia 10 de julho. A aposta, que acertou as dezenas 01 - 08 - 17 - 44 - 46 - 53, foi feita em uma casa lotérica localizada na galeria de um edifício no centro do município dos Campos Gerais.

Conversas relataram que o "sortudo" teria perdido o bilhete. Também surgiram comentários de que ele teria morrido e de que nem de Ponta Grossa ele era. Para dar uma nova chance, a Caixa Econômica Federal chegou até a estender o prazo para a retirada do prêmio, já que a greve dos bancários deixou as agências fechadas nas semanas que antecederam o fim do prazo dado ao ganhador.

O prêmio "esquecido", ao final, foi destinado ao Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) para financiar a graduação de estudantes em universidades privadas.

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