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A segunda perda do título da Copa do Brasil em casa provocou verdadeiro estrago no time do Coritiba. E não poderia ser diferente, afinal novamente os jogadores falharam no momento decisivo e ficou a árdua tarefa da reconstrução do Coxa para o restante da temporada.

E os desafios não são pequenos, pois a equipe se encontra na zona de rebaixamento do Brasileiro e está prestes a estrear na Copa Sul-Americana, porém revela cansaço físico, desgaste emocional e desajuste em todos os setores, inclusive o defensivo, que vinha sendo o sustentáculo do esquema de jogo do técnico Marcelo Oliveira. As falhas verificadas na goleada aplicada pela Ponte Preta mostraram furos entre a zaga e o meio de campo, que não apareciam com frequência.

O momento exige tranquilidade e ação, pois Marcelo Oliveira teve o mérito de extrair o máximo de um elenco reconhecidamente limitado, fazendo da força coletiva a grande arma diante das carências individuais, especialmente no ataque. Porém os maus resultados deixaram o competente treinador na berlinda e não falta gente para colocar lenha na fogueira. Trocar de técnico agora seria um equívoco, demonstrado claramente quando se sabe que a manutenção de Tite, Felipão e do próprio Marcelo foram fundamentais para os êxitos de Corinthians, Palmeiras e Coritiba. Ele só não pode operar prodígios com jogadores tão fracos na composição do ataque.

É bom lembrar que a assombração só aparece depois de insistentemente convocada..., o que não modifica o fato de que a assombração sabe a quem aparece.

A direção futebolística do Coxa não pode passar da placidez zen para a dança de São Guido sem pagar o preço que todos pagam nessas circunstâncias.

Dá para melhorar

Depois de um semestre perdido, com más contratações, trocas de técnicos e de preparadores físicos, há de se ter paciência com a dupla Jorginho-Omar Feitosa.

O dano feito no futebol do Atlético foi grande – praticamente a continuidade dos erros cometidos pela diretoria passada mantida pela atual. O único caminho é apoiar a terceira comissão-técnica do ano – nona nos últimos 18 meses – e, sobretudo, dar força ao elenco reunido do jeito que for possível nesta altura do campeonato.

Trabalhando com critério e sabendo escolher os elementos para cada posição, mas também recuperando um grupo fisicamente depauperado, dá para melhorar o rendimento do Furacão e evitar o vexame maior que seria continuar na zona de rebaixamento.

Os estreantes se saíram bem, mesmo porque seria praticamente impossível Maranhão, Wellington Saci e João Paulo renderem menos do que aqueles que vinham jogando. O retorno de Ligüera foi positivo da mesma forma que o incentivo ao promissor Harrison surge como um alento.

A torcida não deve esperar milagres, mas pode confiar de agora em diante em uma campanha menos desanimadora.

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