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Mario Celso Petraglia escreveu o seu nome como o maior dirigente da história do futebol paranaense. Revolucionou o Atlético a partir de maio de 1995, recolocando-o na Séria A, recompôs as finanças, negociou o Parque Aquático com a Prefeitura, adquiriu a área em que foi construído o CT do Caju, edificou a primeira Arena da Baixada e decolou com o título de campeão brasileiro, diversos estaduais e as primeiras participações na Copa Libertadores da América. Bons jogadores foram revelados e outros tantos contratados em alucinante escalada de êxitos que sacudiu a torcida transformando o clube em autentica festa de cores.

De repente, o presidente adotou inexorável processo de isolamento. Afastou-se dos leais companheiros da primeira hora, passou a enxergar inimigos por todos os lados e a conviver somente com os profissionais que entram e saem aos magotes na contradança da bola. Desafiou a todos colocando o estádio abaixo para a edificação da segunda arena, conforme as determinações da FIFA.

O desgaste pessoal foi enorme e o custo final para o clube até agora é impreciso. Sem ouvir ninguém foi contratando técnicos e jogadores que pouco acrescentaram ao conjunto da obra. As exceções dos jogadores que efetivamente brilharam serviram apenas para confirmar a regra.

A torcida se afastou, o clube ficou triste pela falta de motivação, a nova Arena da Baixada jamais recebeu público máximo e o time conseguiu cair para o Torneio da Morte no sofrível Paranaense. O novo estádio parece um moderno aeroporto em cuja pista o Furacão se encontra estacionado, esperando a formação de um bom time para decolar e voltar a fazer a alegria do povo.

Em vez do futuro a torcida atleticana foi remetida ao passado. Retrocedeu 35 anos quando disputou pela primeira vez o Torneio da Morte. Na época, eu liderava a equipe esportiva da Rádio Universo que foi a única emissora a transmitir todos os jogos do Atlético naquela sofrida campanha. As demais emissoras transmitiram apenas os jogos realizados na antiga Baixada, dando preferência a luta pelo título entre Colorado, Cascavel e Pinheiros.O trabalho completo foi realizado em respeito a grande torcida atleticana que, novamente, será submetida a humilhação do retumbante fracasso da equipe que voltou a perder tempo em canhestra pré-temporada europeia.

Além da falta de bom senso na constituição do elenco, a diretoria não reforçou o time e pecou ao ignorar a importância do titulo estadual para o torcedor que não comemora nada há seis anos. A teimosia foi castigada.

Mas o Atlético é maior do que qualquer pessoa e não pode continuar refém de ninguém.

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