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Grama sintética da Arena da Baixada deve ser liberada no Brasileirão 2018. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Grama sintética da Arena da Baixada deve ser liberada no Brasileirão 2018.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O Atlético espera conseguir a liberação do gramado sintético da Arena da Baixada para o Brasileirão no próximo arbitral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Na segunda-feira (5), representantes dos 20 clubes debaterão o veto ao campo artificial, a utilização do árbitro de vídeo e outras questões para a Série A de 2018.

Segundo apurou a reportagem, o Furacão está próximo de reverter o veto, o que dá tranquilidade e confiança à cúpula rubro-negra. No ano passado, o clube foi derrotado no encontro. Por 15 votos a 5, ficou decidido que a grama sintética seria proibida no Brasileirão a partir desta temporada. Apenas Coritiba, Palmeiras, Sport e Bahia ficaram do lado atleticano. O Coxa caiu para a Série B, mas os outros aliados devem manter o mesmo posicionamento favorável ao Furacão.

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Entre os clubes que subiram, o Atlético irá ganhar mais três aliados: Paraná, Ceará e América-MG. “Seremos favoráveis. Não seria honesto de nossa parte votar contra depois do jogo que fizemos lá em 2017”, diz o presidente do Tricolor, Leonardo Oliveira, citando o recorde de público que o clube registrou na Baixada no duelo contra o Inter, pela Série B do ano passado.

“Sei como é difícil organizar e investir em um clube de futebol. Tenho conhecimento do esforço do Mario Celso Petraglia e da mudança que foi feita, então, não vamos votar contra a grama sintética. O América-MG vai apoiar”, crava o presidente do Coelho, Marcus Salum.

O Ceará não oficializou o apoio, mas as diretorias dos clubes são próximas. O atacante Douglas Coutinho recentemente foi emprestado pelo Rubro-Negro ao time nordestino. “O gramado é muito bom e parecido com os que têm na Europa. Sempre que eu pergunto para meus amigos jogadores, a maioria aprova”, defende o jogador.

Já o Internacional informou, através da assessoria, que a decisão será feita em conjunto entre diretoria e conselheiros.

Eurico fora do arbitral

As recentes trocas de presidentes em vários clubes também favorecem o Atlético. O Santos, por exemplo, que ficou contra o Furacão no ano passado, elegeu José Carlos Peres. Fontes próximas ao cartola santista indicam que ele não vê problemas na grama artificial. No Fluminense, Paulo Autuori, ex-técnico do Atlético e austero defensor do piso sintético, está no comando do futebol.

A ausência de Eurico Miranda, agora ex-presidente do Vasco, é um fator importante. O dirigente, desafeto público de Petraglia, foi quem puxou a votação para vetar o gramado no encontro de 2017 em que o cartola atleticano não estava presente – o Atlético enviou apenas um advogado para a reunião.

O novo mandatário vascaíno, Alexandre Campello, garante já ter uma posição, mas não irá revelar. Ele disse que irá conversar com pessoas ligadas ao futebol antes de ratificar um voto. Campello foi escolhido após um imbróglio nas eleições e eleito com votos de Eurico e seus aliados. A tendência é que o novo presidente mantenha o posicionamento do veto, mas com a turbulência vivida pelo clube, o assunto está longe de ser prioridade em São Januário.

O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero (atualmente suspenso pela Fifa), também indicou posicionamento favorável ao Furacão. Ele ficou insatisfeito com o veto no passado e deu a entender que iria barrar a decisão da maioria se a proibição persistisse neste ano. Segundo a apuração, o mandatário da CBF acredita que a grama sintética da Baixada é de alto nível e, por ser aprovada pela Fifa, não faz sentido proibi-la. Del Nero está suspenso do cargo, mas o arbitral será comandado por Coronel Nunes, aliado do dirigente.

Resultados ruins são “trunfos”

Por fim, o Atlético tem o argumento do resultado em campo. No último arbitral, o Furacão vinha de uma campanha avassaladora na Baixada no Brasileirão de 2016: tornou-se o melhor mandante da história dos pontos corridos naquela temporada, com 84% de aproveitamento.

Entretanto, no ano passado, o rendimento atleticano despencou diante da torcida. Apenas 50% de aproveitamento e o modesto 11º lugar na Série A.

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