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| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O Atlético acusa o Coritiba de rompimento do contrato ao vetar o empréstimo do aluguel do Couto Pereira para o duelo contra o Santos, dia 5 de julho, pela Libertadores. A diretoria atleticana afirma, em nota oficial publicada nesta sexta-feira (23), que os dois clubes selaram um acordo, em setembro de 2015, por prazo indeterminado, para a cessão recíproca de seus estádios.

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O Furacão diz ainda que não tem um plano B para alugar outro estádio que não for o Couto. O Rubro-Negro declara também que está prevista uma multa em caso de rompimento do contrato, mas que ainda acredita na palavra e na assinatura do presidente coxa-branca Rogério Bacellar.

Em contato via assessoria de imprensa, o Coritiba confirma a existência do contrato com o Atlético. Porém, o clube alega que o acerto foi firmado para o confronto com o Grêmio, em 2015, quando o Furacão atuou no Couto por causa do show de Rod Stewart.

O Alviverde diz ainda que o contrato prevê outras possibilidades, desde que sejam respeitadas determinadas condições. Requisitos que não poderiam ser atendidos em virtude da reforma do gramado do estádio.

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A Arena da Baixada não poderá ser utilizada, pois abrigará os jogos da Liga Mundial de Vôlei, entre 4 e 8 de julho. A diretoria atleticana alega que só acertou o aluguel da Baixada para o evento porque já havia acertado o contrato para alugar o Couto Pereira.O Atlético não teria se comprometido com agenda paralela se não houvesse o contrato com Coritiba, diz o trecho da nota.

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Outro trecho importante da nota rubro-negra destaca que o aluguel do Couto já tinha um valor fixado e que o Furacão incrementou o pagamento por vontade própria. Em 19 de junho, comunicou o Coritiba que usaria o estádio Couto Pereira, pagando o valor pré-estabelecido no próprio contrato. Por mera liberalidade, ainda ofereceu um bônus financeiro”, afirma o Atlético.

Confira a nota oficial na íntegra:

O Atlético foi surpreendido por nota oficial do Coritiba, lançada hoje (23 de junho), anunciando a negativa de cessão do estádio Couto Pereira para a partida contra o Santos, pela Conmebol Libertadores Bridgestone.

A surpresa do Atlético se dá especialmente porque o Coritiba já havia cedido o estádio, diante de contrato assinado por seu próprio presidente, Rogério Portugal Bacellar.

Em setembro de 2015, os dois clubes firmaram contrato, por prazo indeterminado, de cessão recíproca de seus estádios. A ideia dos clubes era deixar os estádios disponíveis também para outros eventos que gerassem renda, sem risco de comprometer o calendário do futebol. O interesse era recíproco.

Acreditando no cumprimento do contrato assinado por parte do Coritiba, o Atlético comprometeu-se em receber os jogos das finais da Liga Mundial de Vôlei masculino. Havia o risco de conflito de agenda entre o Mundial de vôlei e algum jogo da Conmebol Libertadores Bridgestone – o que de fato depois se verificou. O risco de conflitos de agenda, importante insistir, estava assegurado com o contrato previamente firmado com o Coritiba.

Com a efetiva coincidência das datas, o Atlético (porque obviamente prefere jogar na própria Arena), tentou antes a alteração da data do jogo das oitavas de final. No entanto, a CONMEBOL oficiou o clube informando que não havia agenda para alteração de data e, no mesmo ofício, solicitou à CBF que buscasse junto ao Coritiba a cessão do estádio Couto Pereira. A solicitação da CONMEBOL, é claro, não era necessária, pois o contrato entre os clubes já previa a obrigatoriedade da cessão.

Com a recusa da CONMEBOL em alterar a data do jogo – e conforme previa o contrato entre os clubes –, o Atlético, em 19 de junho, comunicou o Coritiba que usaria o estádio Couto Pereira, pagando o valor pré-estabelecido no próprio contrato. Por mera liberalidade, ainda ofereceu um bônus financeiro. O Coritiba acusou o recebimento da comunicação, não opondo nenhuma resistência.

Importante lembrar que o mesmo contrato já tinha sido utilizado para que o Atlético realizasse o show do Rod Stewart, jogando com o Grêmio no Couto Pereira (pagando por isso, nos termos do contrato). E o mais importante: o Coritiba tem o mesmo direito contratual de utilizar-se da Arena sempre que tiver coincidência de datas no uso de seu próprio estádio.

O Atlético não tem nenhum “plano b”. O Atlético não teria se comprometido com agenda paralela se não houvesse o contrato com Coritiba. Presume-se a boa-fé das partes em cumprir os contratos que assinam.

Por tudo isso, o Atlético ainda acredita que o Coritiba não descumprirá o contrato assinado por seu próprio presidente. Há previsão de uma multa, sem prejuízo de perdas e danos, mas o Atlético acredita mesmo é na assinatura e na palavra do presidente do Coritiba, Rogério Portugal Bacellar.

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