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Atlético e Coritiba desenham até aqui, superadas 16 rodadas, uma indesejável luta contra o rebaixamento no Brasileirão. Exagero? É cedo para tal afirmação? Não mesmo... Ambas as equipes têm um aproveitamento menor que 40% na competição – 39,6% do Alviverde contra 35,4% do Rubro-Negro. O Inter caiu com 37,7% em 2016; e o Avaí foi degolado com 36,8% em 2015.

TABELA: jogos e classificação da Série A

O Coxa é o 15º colocado com 19 pontos, enquanto o Furacão vem logo atrás com dois pontos a menos. Caso o São Paulo vença o Grêmio na partida desta segunda-feira (24), o Atlético ainda pode terminar essa 16ª rodada da Série A entre os quatro últimos.

Confira sete máximas do futebol para escapar do rebaixamento ou ligar o alerta contra a zona da degola:

1)Não troque muito de técnico

Autuori, Baptista, Fabiano, Carpegiani, Pachequinho e Marcelo Oliveira.

Sem completar o primeiro turno do Brasileiro, os dois times já tiveram algumas mudanças no comando técnico. E quanto mais técnicos, maior a possibilidade de rebaixamento. É a prova da falta de convicção, um dos piores pecados para a turma na parte inferior da tabela.

Em 16 rodadas, foram quatro profissionais à frente do Atlético. O time começou Paulo Autuori, passou por Eduardo Baptista e agora tem Fabiano Soares no comando da equipe. Além deles, o auxiliar Kelly ainda esteve à frente do Furacão na Série A.

Já no Coritiba, Pachequinho substituiu Paulo César Carpegiani, eliminado da Copa do Brasil pelo ASA. Campeão estadual, Pacheco parecia ter vida longa, mas acabou não resistindo à goleada por 4 a 0 diante a Ponte Preta pela 15ª rodada. Agora, o Alviverde contratou Marcelo Oliveira para voltar a sorrir na competição.

2) É importante ter um líder em campo

Weverton e Kléber.

A situação delicada fora das quatro linhas vai sendo transmitida para dentro do campo.

O desempenho coletivo das duas equipes não convence e a torcida sente falta de atletas que ‘dão a cara para bater’. OCoxa tem a política de revezar a braçadeira de capitão entre Werley, . O clube ainda sofre com a ausência de Kléber, jogador de forte personalidade e com ascendência sobre o elenco.

No Atlético, o goleiro Weverton chegou a cobrar os colegas publicamente, assumindo a responsabilidade de comandar o time em campo. Mas não surtiu efeito. Outras lideranças, como zagueiro “general” Thiago Heleno e o experiente Paulo André, têm tido papel discreto na estratégia de mobilizar o grupo – pelo menos durante os jogos.

3) Ganhar em casa é fundamental

Couto Pereira e Arena da Baixada.

Jogar diante o torcedor tem sido um problema.

O Coxa até iniciou bem, com três vitórias nas três primeiras partidas. Porém, a coisa desandou a partir da sétima rodada. Desde então, são três empates e duas derrotas - 3 pontos de 15 disputados, nas últimas cinco partidas dentro do Couto Pereira. Ostenta 50% de aproveitamento, atrás de 12 times no quesito aproveitamento em casa

Já o Furacão nem chega perto da campanha como mandante que teve no ano passado – é o 19º melhor dono de casa, superando apenas o Vitória. Tem somente 33,3% de eficiência na Baixada. Até agora são quatro derrotas, dois empates e apenas duas vitórias dentro da Arena da Baixada - 8 tentos de 24 jogados.

4) Diretoria precisa de apoio

Mario Celso Petraglia e Rogério Bacellar.

As duas direções vêm sendo questionadas por diversas atitudes.

Rogério Bacellar, presidente,é alvo constante de protestos da torcida, mesmo com o bom início de ano do Coritiba. As cobranças internas recaem até mesmo sobre os ombros de Belleti, diretor internacional e de marketing do clube, além de Ernesto Pedroso, diretor institucional do clube, braço-direito de Bacellar. Alex Brasil, responsável pelo futebol, também não é unanimidade entre os coxas-brancas.

No Atlético, Mário Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo e maior figura do Atlético, pediu licença até o final de dezembro por alegar problemas pessoais em um período de intensificação de cobranças por parte da torcida. Chegou-se a marca

5) Quem está no banco pode resolver

JONATHAN CAMPOS/Gazeta do Povo

As duas equipes apresentam limitações nos elencos.

As contratações para o ano não têm dado muito resultado. No Furacão, nomes como o meia Carlos Alberto e o atacante Grafite já saíram do clube, enquanto Felipe Gedoz e Eduardo da Silva e até mesmo Ederson ainda não chegaram nem perto de deslanchar.

No Coritiba, a situação é parecida, com visível desnível técnico entre titulares e reservas, além da dependência do time por Kléber, grandes dias de Anderson e Galdezani.

6) Torcida precisa apoiar... Sempre

Vendo as atuações refletidas nas posições das tabelas, as torcidas vão contestando o trabalho dos clubes. Gritos de “raça”, “burro” e “vergonha” foram amostras da insatisfação dos torcedores que vão às arquibancadas da Arena e do Couto neste Brasileiro. No último jogo do Furacão, alguns torcedores chegaram a preocupar a segurança do estádio e também trocaram ofensas com Paulo Autuori, gestor técnico do clube.

7) Não é cedo para olhar a matemática

De acordo com o Departamento de Matemática da UFMG, especializado em cálculos matemáticos do Brasileirão, o Atlético tem mais chances de cair do que o Avaí, presente no Z4 – 37% contra 31%.

O Coxa aparece na sequência, com 27%. Para complicar ainda mais a situação, o Bahia, à frente do Alviverde, tem 19,2% de chances de ser rebaixado.

Tradicionalmente, com 45 pontos escapa da degola. O Coxa precisa de 26 pontos, algo como mais nove vitórias em 21 rodadas. O Furacão teria de buscar 10 triunfos, aproximadamente.

Atlético-GO (12 pts) e Vitória (9 pts) têm ajudado a dupla Atletiba.

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